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FEM/CUT-SP assina Convenção Coletiva de Trabalho com Estamparia

A exceção fica por conta do G10, que pelo quarto ano consecutivo se recusou a negociar. Para esses trabalhadores, os sindicatos buscam acordos por empresas

Publicado: 22 Outubro, 2020 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Para fechar a Campanha Salarial 2020 em São Paulo, faltava assinar a Convenção com a bancada patronal da Estamparia. O documento foi assinado na manhã de ontem pelos representantes da FEM/CUT (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT) e pelos representantes do sindicato patronal.

Com isso, quase toda a categoria metalúrgica no estado, na base da FEM, tem acordo.  A exceção fica por conta do G10, que pelo quarto ano consecutivo se recusou a negociar. Para esses trabalhadores, os sindicatos buscam acordos por empresas.

Reconquista

“Essa assinatura significa a reconquista da Convenção, uma vez que no ano passado não assinamos com essa bancada. A Estamparia tem se mostrado um grupo muito difícil por conta do seu alinhamento com a Fiesp. Então, chegar a uma Convenção foi extremamente importante, mesmo ela valendo por um ano. Isso nos dá tranquilidade para no futuro conseguir fazer com que ela seja prolongada”, avaliou o presidente da Federação, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão.

G10 sem representatividade

Durante toda a Campanha, o Grupo 10, liderado pela Fiesp, não sentou para negociar com a FEM-CUT.

“Os nossos sindicatos estão a todo vapor buscando as empresas e os escritórios de contabilidade para produzirem o máximo de acordos possíveis e tentar garantir que 100% da base esteja coberta por convenções coletivas e, no caso do Grupo 10, por acordos coletivos”, destacou Luizão.

O presidente conclui que essa atitude é na verdade um tiro no pé. “Isso mostra que são sindicatos patronais sem representatividade alguma junto às suas empresas, uma vez que elas acabam fazendo acordos localmente com os sindicatos. O que faz com que as empresas perguntem ‘qual a finalidade desse sindicato patronal’?”.

Sucesso na Campanha

Por fim, Luizão comemorou o resultado geral da Campanha e agradeceu a todos os companheiros e companheiras que se mostraram bastante interessados participando, sobretudo, das assembleias virtuais.

“A Campanha foi muito boa, tendo em vista o cenário de pandemia, com forte recessão no país e desemprego em alta. Os metalúrgicos da CUT no Estado de São Paulo conseguiram repor as perdas da inflação no período e mais do que isso, na maioria dos casos, conseguimos garantir convenções por dois anos. Isso significa passar esse período crítico de ameaças com nossos direitos garantidos. O que vai possibilitar que nas próximas campanhas salariais a gente possa se dedicar mais a avançar nas pautas. A participação em massa dos trabalhadores valoriza e dá força à nossa da negociação”.

*matéria publicada no site do SMABC