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Greve dos Correios atinge rota comercial de encomendas, a maior receita da empresa

Greve nacional tem adesão de 35 mil dos 50 mil trabalhadores do setor de maior receita para a empresa. Ao todo são 70 mil trabalhadores parados. Greve segue até direção dos Correios voltar a negociar

Publicado: 19 Agosto, 2020 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Divulgação
Greve dos Correios Greve dos Correios
Greve dos Correios 

A greve dos trabalhadores e trabalhadoras dos Correios atingiu o setor de maior receita da empresa, o chamado Corredor Comercial, a rota de encomendas, que abrange os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul.  35 mil dos 50 mil trabalhadores da rota comercial aderiram à greve, de acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (FENTECT).

Segundo estimativas da entidade, ao todo 70 mil trabalhadores (70%), principalmente dos setores operacionais e de atendimento, cruzaram os braços em adesão ao movimento grevista.

Nos demais estados do país, que não pertencem ao “Corredor Comercial”,  a adesão segue forte mesmo com os ataques promovidos pela direção da empresa, que se nega a dialogar com a categoria. Ao contrário, segue reafirmando a retirada de direitos e mentindo sobre um suposto déficit em suas contas, mas balancetes da própria empresa mostram que houve lucro no último ano.

A categoria espera sensibilidade do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento da sentença normativa que pode suspender a liminar dos Correios que retira a validade do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), que  ocasionou a retirada de 70 cláusulas de benefícios como Licença Maternidade de 180 dias, adicional de risco, auxílio para dependentes com necessidades especiais, entre outros. A retirada desses direitos impactará na redução direta de até 40% na remuneração dos trabalhadores ecetistas.

A direção dos Correios também reduziu, desde o dia 1º de agosto, mais de R$ 200,00 referentes à alimentação, o que possui grande impacto para um trabalhador que ganha o piso nacional na faixa de R$ 1.700,00.

Trabalhadores ecetistas de todo o país e seus sindicatos filiados seguem mobilizados por tempo indeterminado aguardando um posicionamento da empresa.

Ao longo da semana, sindicatos filiados seguem com diversos atos e manifestações e realizarão assembleias para avaliação da greve, em mobilização permanente em defesa da vida, direitos e empregos.

*matéria da fentec reproduzida no site da CUT