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Há 40 dias em greve, trabalhadores na Woodbrook Drive Systems decidem manter paralisação por direitos

Empresa em Minas Gerais não paga salários, verbas rescisórias de demitidos, INSS, FGTS e ainda não apresenta nenhuma alternativa para resolver solução

Publicado: 02 Outubro, 2020 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Sindicato
Greve por direitosGreve por direitos
Greve por direitos

Nesta quarta-feira (30), os trabalhadores e as trabalhadoras da Woodbrook Drive Systems Acionamentos Industriais, de Contagem em Minas Gerais, que estão em greve há 40 dias, decidiram manter a paralisação. Isso porque a situação da empresa, desde que foi adquirida pelo empresário Cláudio Bertola há quase vinte anos, só se agrava.

A decisão foi tomada em assembleia, porque já são cinco meses de salários atrasados, além da falta de pagamento de FGTS e INSS e a empresa não apresenta nenhuma alternativa para resolver à situação. 

“O empresário, que além desta empresa tem outras em São Paulo e alguns investimentos no exterior, parece ser especialista em administrar mal. Uma das empresas localizada em Piratininga São Paulo encontra-se em recuperação judicial há quase dois anos, e agora foi posta à venda para saldar dívidas trabalhistas, com fornecedores e com instituições financeiras”, disse o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Belo Horizonte, Contagem, Ibirité, Sarzedo, Ribeirão das Neves, Nova Lima, Raposos e Rio Acima, Heraldo da Silva Ferreira.

Crédito: sindicato
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Os trabalhadores que foram demitidos também participaram da assembleia porque não receberam seus acertos rescisórios, e por unanimidade ficou decidido o seguinte:

- manter a paralisação

- além dos processos que estão tramitando, ajuizar mais um no sentido de garantir coparticipação dos empregados nas decisões administrativas e financeiras.

- os trabalhadores também se comprometem a avaliar propostas que à empresa possa apresentar e submetê-las à assembleia.

- ficou acordado que realizarmos uma assembleia a cada 30 dia para avaliação e acompanhamento ou à qualquer momento em caráter de urgência.

  “Temos que estar vigilantes em todos os sentidos, tanto a questão do patrimônio da empresa quanto a possíveis localizações de bens pessoais do dono da empresa que possamos através da justiça bloquear para garantirmos nossos direitos”, ressaltou Heraldo.