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LG encerra produção de celulares, mas sindicato diz que fábrica de Manaus está mantida

A decisão da LG deve atingir apenas uma fábrica em Taubaté, interior de São Paulo, a única do país voltada para a produção de telefone celular

Publicado: 06 Abril, 2021 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Divulgação
LG ManausLG Manaus
LG Manaus

O encerramento da produção de celulares da LG, anunciado nesta segunda-feira, 5, não afetará a produção no Polo Industrial de Manaus (PIM). Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal-AM), na capital amazonense a empresa produz apenas eletrodomésticos da chamada linha branca e vai ser mantida.

A decisão da LG deve atingir apenas uma fábrica em Taubaté, interior de São Paulo, a única do país voltada para a produção de telefone celular. A unidade, que também produz monitores, tem cerca de 1 mil trabalhadores, dos quais 400 atuam na área de smartphones.

De acordo com o presidente do sindicato, Valdemir Santana, no PIM, são fabricados apenas eletrodomésticos como ar-condicionado, aparelho de som e geladeira. A fábrica de Manaus tem cerca de 1,6 mil trabalhadores efetivos, 350 temporários e 80 terceirizados.

A empresa sul-coreana informou que, desde o segundo semestre de 2015, o nosso negócio global de celulares tem sofrido uma perda operacional por 23 trimestres consecutivos, resultando em um acumulado de aproximadamente 4,1 bilhões de dólares (US) em perdas até o final de 2020.

Sem dar mais detalhes, a LG informou que pretende “encerrar o negócio de Mobile para explorar e desenvolver uma nova competitividade futura”. A decisão, conforme a empresa, foi baseada em estudo completo de análise do portfólio de negócios e recursos tecnológicos básicos.

“É necessário perceber que apesar de ter sido uma decisão difícil, a mesma foi inevitável, a fim de se acompanhar as mudanças da indústria e podermos focar em disponibilizar tecnologias futuras”, diz trecho da nota divulgada pela empresa.

A LG informou que os produtos do segmento estarão disponíveis por um período de tempo limitado, dependendo da situação de fornecimento de cada país, e a assistência técnica continuará a existir de acordo com a legislação em vigor para evitar problemas para o cliente.

*matéria publicada no site do Sindmetal-AM