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Luta dos trabalhadores na LG Taubaté tem carreata e audiência no TRT nesta sexta

"Convocamos os trabalhadores e trabalhadoras para a porta da fábrica. É importante a mobilização de todos para podermos sensibilizar a população, as autoridades e o poder público", explica o presidente do Sindmetau, Claudio Batista.

Publicado: 15 Abril, 2021 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Sindmetau
Arquivo SindmetauArquivo Sindmetau
Arquivo Sindmetau

A luta dos trabalhadores na LG Taubaté terá importantes ações nesta sexta-feira (16). No período da manhã será realizada uma carreata pelas principais ruas e avenidas de Taubaté. À tarde, o Sindmetau (Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região) irá participar de uma audiência do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) sobre a greve na fábrica.

A carreata terá início às 7h30, em frente à LG, com a adesivagem dos carros. Na sequência, os trabalhadores vão percorrer os principais pontos da cidade. O objetivo é chamar a atenção da população sobre os impactos que uma demissão em massa pode provocar em Taubaté.

A carreta foi o modelo de protesto aprovado pelos trabalhadores para reduzir riscos neste momento de pandemia. "Convocamos os trabalhadores e trabalhadoras para a porta da fábrica. É importante a mobilização de todos para podermos sensibilizar a população, as autoridades e o poder público", explica o presidente do Sindmetau, Claudio Batista.

Audiência TRT

No período da tarde, às 14h, o Sindicato irá representar os trabalhadores em uma audiência de conciliação do TRT de Campinas. A sessão será realizada por videoconferência por conta da pandemia.

A audiência foi marcada após a LG ajuizar um dissídio coletivo de greve no TRT. O dissídio é instaurado quando não há acordo na negociação direta entre trabalhador e empregador.

Entenda o caso

Em janeiro deste ano começaram a circular informações no mercado e na imprensa sul-coreana sobre uma possível venda da divisão de celulares da LG. O Sindicato acionou a empresa, mas recebeu ofícios com respostas evasivas. Um pedido de reunião com o presidente da LG também não foi atendido.

Diante do cenário de incertezas, em 26 de março, os trabalhadores aprovaram o estado de greve. No dia 5 de abril, a fabricante sul-coreana disparou um comunicado onde informava o encerramento global da divisão de celulares, alegando que a área acumulava um prejuízo de 4,1 bilhões de dólares.

No dia seguinte, em reunião com o Sindicato, a empresa informou que pretende levar a linha de notebooks e celulares de Taubaté para Manaus. A LG alega que na capital do Amazonas terá terá incentivos fiscais, o que não ocorre no estado de São Paulo.

Após reuniões com o Sindicato, a empresa apresentou uma proposta de indenização aos trabalhadores. Mas o pacote foi rejeitado em assembleia no dia 12 de abril. Os funcionários aprovaram então uma greve por tempo indeterminado.

*matéria publicada no site do Sindmetau