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Metalúrgico e ex-presidente da CUT-RS, Gilmar Pedruzzi, morre de Covid-19

Secretário-Geral da CNM/CUT lamenta perda e disse que movimento sindical sentirá falta do dirigente, que deixou registrado muitas lutas e conquistas da classe trabalhadora

Publicado: 31 Agosto, 2020 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Divulgação
Gilmar Gilmar
Gilmar 

O ex-presidente da CUT Rio Grande do Sul (CUT-RS) e do Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas na década de 1980, companheiro Gilmar Pedruzzi, faleceu na tarde deste domingo (30), vítima da Covid-19.

Gilmar também foi dirigente da Social Democracia Sindical (SDS), da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e da Federação Estadual dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Cultura Física do Estado do Rio Grande do Sul (Fetecfergs). O metalúrgico passou presidencia do Sindicato Interestadual dos Trabalhadores em Empresas Prestadoras de Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo dos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina (Sintesata-RS/SC), e atual 1º vice-presidente do Sindicato dos Empregados em Clubes e Federações Esportivas (Secefergs).

Pedruzzi assumiu ainda o cargo de Delegado Regional do Trabalho no RS (1994-95), foi diretor do Procon de Canoas, secretário municipal de Obras Públicas de Canoas e secretário especial da Defesa Civil de Canoas. Atualmente era assessor especial do prefeito de Canoas, Luiz Carlos Busato.

“Manifestamos os sentimentos profundos de dor e solidariedade aos seus familiares, amigos e companheiros”, afirma o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci.

Gilmar esteve à frente da Central na gestão 1987-89, ajudando no fortalecimento do movimento sindical e das lutas dos trabalhadores após o fim da ditadura militar.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas, Paulo Chitolina, lembra que ele foi metalúrgico da Forjasul, em Canoas, e integrou o movimento de oposição à direção da entidade, em 1979.

Ao lado dos companheiros Sergio Matte, Maria Eunice e Freitas (Freitinhas), fez parte da diretoria em 1981, então presidida pelo então senador Paulo Paim. Pedruzi foi depois presidente por dois mandatos (1987-93).

"Convivi com o Pedruzzi a partir de 1989, quando ingressei no Sindicato. Sempre o vi como um companheiro firme na luta, presente nas mobilizações e no dia a dia do chão de fábrica, sem contar a história que ele já tinha com a organização da oposição em 1979 e na construção da CUT", destaca Chitolina.

O secretário-Geral da CNM/CUT, Loricardo Oliveira, que é diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Leopoldo, também no RS, diz que Gilmar deixou um legado importante para a luta de classe e que fará falta.

“Gilmar lutou incansavelmente pelos direitos da classe trabalhadora e fez seu trabalho em diversas entidades, mas sempre com foco na qualidade de vida do trabalhador e da trabalhadora. Os metalúrgicos de todo país lamentar sua morte e com certeza sentiremos sua falta”, finaliza.

 

*matéria publicada na CUT-RS com colaboração de Rita Garido, do Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas e  editada pela CNM/CUT