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Metalúrgicos da CUT discutem Futuro da Organização Sindical no Brasil

Além dos dirigentes da CNM/CUT, diretora da CUT, socióloga e parlamentar participaram da Plenária Nacional da entidade

Publicado: 01 Outubro, 2020 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Divulgação
Plenária SindicalPlenária Sindical
Plenária Sindical

No último dia 29, dirigentes dos sindicatos e federações da CNM/CUT realizaram uma plenária nacional e debateram sobre desafios e oportunidades para organizar trabalhadores. A socióloga do Dieese, Adriana Marcolino, o Deputado Federal pelo PT de Pernambuco e ex-presidente da CUT no estado, Carlos Veras e a secretária de Organização e Política Sindical da CUT também participaram dos debates.

O debate sobre Futuro da Organização Sindical no Brasil e teve como objetivo debater os ataques sofridos pelo movimento sindical, as perspectivas, entraves e desafios para o Movimento com a Reforma Sindical, as mudanças necessárias em relação a prática, a estrutura e a organização sindical para recuperar o grau de influência e de representatividade junto aos trabalhadores e trabalhadoras.

Os dirigentes sindicais relataram alguns pontos reflexivos e de orientação no debate:

• É necessário ultrapassar o conceito de categoria profissional e representar a classe que vive do trabalho e não apenas os sindicalizados (as). Com a quebra da unicidade sindical e diante da pulverização de novas categorias:

- É preciso caminhar na perspectiva de fazer fusões entre as nossas entidades, aumentando a capacidade de atuação POLÍTICA  e de sustentação financeira;

• A bancada de representantes dos (as) trabalhadores (as) no Congresso está diminuindo. As eleições municipais serão estratégicas, pois são nos municípios que a luta de classes se materializa:

- É fundamental apoiar e pautar as candidaturas de sindicalistas nos nossos municípios;

- Há necessidade de politizar o movimento sindical, desmistificar essa ideia de "os dirigentes sindicais" sindicato não deve ser um ator que influencia e participe da política representativa;

- É importante estar inserido (a) enquanto movimento na disputa por políticas públicas no que tange a disputa pela renda;

- Os sindicalistas precisam star inseridos (as) nos nossos bairros e comunidades, atentos (as) as demandas por políticas públicas;

• Os (as) cerca de 30 milhões de trabalhadores (as) com carteira de trabalho em sua imensa maioria não são sindicalizados (as) e por isso que é preciso intensificar Campanhas de Sindicalização;

• Os Sindicatos precisam organizar os (as) desempregados (as) e os trabalhadores (as) informais e ou com contratações precárias, sindicatos com maior nível de agregação;

• E precisa enfrentar a sub representação histórica de mulheres, juventude, negros e negras, LGBTQIA+, defendendo e perseguindo as políticas afirmativas, ceder espaço para novas vozes;

• Sobre a OLT, precisa considerar na nossa agenda a inclusão do espaço da casa ‘home office’, como referência para as nossas negociações. Isso inclui pensar questões que envolvem as políticas públicas, questões de moradia, transporte;

. Os sindicatos precisam ir para o local de moradia, se aproximando dos trabalhadores além do local de trabalho, no seu local de convívio social;

. A CNMCUT intensificará o conhecimento digital, e fará a primeira turma em redes sociais, com a participação de 32 dirigentes em plataforma digital;

. É necessário buscar se aproximar dos trabalhadores em aplicativos, oferecendo os sindicatos como ponto de apoios, dialogando com eles as suas necessidades, aproximando os sindicatos como ferramenta para melhorar a qualidade do trabalho;