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Metalúrgicos da CUT participam de Congresso da USW

Publicado: 13 Abril, 2017 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Divulgação
Congresso reuniu mais de 3.200 pessoasCongresso reuniu mais de 3.200 pessoas
Congresso reúne mais de 3.200 pessoas

Termina nesta quinta-feira (13), em Las Vegas (EUA), o congresso da United Steel Workers (USW), o sindicato dos trabalhadores em siderurgia dos EUA e Canadá. A atividade, iniciada na segunda-feira (10), reúne cerca de 3.000 trabalhadores e mais de 200 convidados internacionais. O slogan é “O Poder da Unidade”.

O secretário geral em exercício da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), Loricardo de Oliveira, representou a entidade no evento. “Temos uma relação bem forte com a USW no debate sobre ações articuladas dos metalúrgicos nas indústrias siderúrgicas e, mais recentemente, em ações para o combate ao racismo”, explicou.

Ao longo dos quatro dias, o Congresso aprovou resoluções que reforçam a luta em defesa das convenções coletivas de trabalho como mecanismo para assegurar o direito de organização no local de trabalho e de mobilização.

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Loricardo e Valter Sanches: CNM/CUT é referência brasileuiraLoricardo e Valter Sanches: CNM/CUT é referência brasileuira
Loricardo e Valter Sanches: CNM/CUT é referência brasileuira


Segundo o dirigente da Confederação, o presidente da USW, Leo Gerard, referiu-se várias vezes à CNM/CUT nas falas sobre o Brasil. “Para a USW, somos referência enquanto entidade sindical brasileira. Gerard reforçou isso ao lembrar que nosso companheiro Valter Sanches foi eleito secretário geral da IndustriALL”, afirmou.

Ainda sobre o Brasil, o Congresso da USW reafirmou a solidariedade com os brasileiros e a importância de se restabelecer a democracia depois do golpe sofrido em nosso país.

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Grupo que discutiu ações conjuntas nas plantas da GerdauGrupo que discutiu ações conjuntas nas plantas da Gerdau
Grupo que discutiu ações conjuntas nas plantas da Gerdau


Siderurgia
Durante o Congresso, Loricardo participou de uma série de reuniões específicas para trocar informações e discutir ações conjuntas em relação às multinacionais do segmento siderúrgico, como Gerdau e Tenaris. “Debatemos as relações sindicais, as práticas antissindicais, acordos coletivos e, principalmente, ações referentes à saúde e segurança nas usinas, ainda mais em função das mortes ocorridas na planta da Gerdau em Ouro Branco (Minas Gerais), no ano passado [leia aqui]”, disse o secretário geral, que também integra a coordenação do Comitê Mundial dos Trabalhadores na Gerdau.

Ainda sobre a Gerdau, foi discutida a preparação para a ação mundial nas plantas da Gerdau, marcada para o próximo dia 28, em defesa da saúde e segurança no trabalho.

Vida política
Loricardo conta também que foi feito um amplo debate sobre a situação e as perspectivas dos trabalhadores naquele país após a vitória de Donald Trump para presidente. “Existe uma grande preocupação com o projeto de construção do muro na fronteira com o México – que aprofunda a discriminação e o preconceito – e com a precarização ainda maior no que se refere à saúde”, assinalou, ressaltando que um dos aspectos abordados no evento foi o fato de que, pela primeira vez em muitos anos, os trabalhadores se dividiram no apoio às candidaturas.

“Diante disso, foi aprovada uma resolução que trata da participação dos trabalhadores na vida política. Para isso, vão preparar dirigentes para disputar cargos eletivos nos Estados Unidos, para que os interesses sindicais tenham voz nos parlamentos e nos executivos”, informou Oliveira.

(Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT)