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Metalúrgicos da CUT querem apoio do BNDES para participação no conselho da Fundição Tupy

Em audiência com o presidente do Banco, delegação de sindicalistas pediu também que instituição financie programa de formação e qualificação.

Publicado: 29 Maio, 2013 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Divulgação
A partir da esq., Tião, Rodolfo, Espirro, Paulão, Vagner, Pedro Paulo e GuilhermeA partir da esq., Tião, Rodolfo, Espirro, Paulão, Vagner, Pedro Paulo e Guilherme
A partir da esq., Tião, Rodolfo, Espirro, Paulão, Luciano Coutinho, Vagner, Pedro Paulo e Guilherme

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve intermediar negociações entre os metalúrgicos da CUT e a Fundição Tupy para garantir a participação de trabalhadores no Conselho de Administração da empresa, que tem unidades em Joinville (SC) e Mauá (SP). Este foi um dos temas apresentados nesta quarta-feira (29) por sindicalistas, na audiência com o presidente do Banco, Luciano Coutinho, da qual participaram os presidentes da CUT, Vagner Freitas, da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, Paulo Cayres, e do Sindicato dos Metalúrgicos de Joinville (SC), Sebastião de Souza Alves.

O encontro com Luciano Coutinho foi marcado pela CNM/CUT e ocorreu na sede do Banco, no Rio de Janieor (RJ). Na reunião também foi discutido o financiamento de projetos de formação e qualificação de dirigentes sindicais metalúrgicos no CESIT/Unicamp (Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho da Universidade de Campinas), por meio do Programa BNDES de Apoio à Qualificação do Trabalhador.

“A Confederação já promoveu cursos de extensão universitária com o CESIT que trouxeram ótimos resultados para a atuação dos sindicalistas no cotidiano das entidades e também nos fóruns públicos de debates de temas importantes como a política industrial”, destacou o presidente da CNM/CUT, dizendo que para que ele possa ter continuidade a Confederação precisará de apoio. Segundo ele, o projeto foi bem recebido pelo presidente do BNDES. “Estamos confiantes de que o Banco dará uma resposta positiva ao nosso pedido”, afirmou.

Democratizar relações de trabalho
A delegação de sindicalistas – da qual também fizeram parte o secretário geral e o diretor executivo do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá (SP), Sivaldo da Silva Pereira ('Espirro') e Pedro Paulo da Silva, o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Joinville, o companheiro Rodolfo, e o assessor da presidência da CUT, Gilmar Carneiro – pediu a Luciano Coutinho que interceda junto à direção da Fundição Tupy para que os trabalhadores possam integrar o conselho administrativo. O BNDES tem 35% do capital da empresa – que é fornecedora das montadoras e exporta produtos para a Coreia do Sul.

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Vagner, Luciano Coutinho e Paulão, na sede do BNDESVagner, Luciano Coutinho e Paulão, na sede do BNDES
Vagner Freitas, Luciano Coutinho e Paulo Cayres, na sede do BNDES


“Expusemos a Luciano Coutinho a nossa posição de que o Banco e as instituições públicas devem ter como política fazer com que empresas das quais tenham participação acionária garantam a presença de trabalhadores em seus conselhos. Elas têm a obrigação de ouvir as demandas dos funcionários. Isso já acontece com multinacionais em vários países e é um passo importante para democratizar as relações de trabalho”, assinalou Vagner Freitas.

“Instituições públicas como o BNDES devem ter como política esse estímulo à democratização das relações de trabalho”, complementou Paulo Cayres.

O presidente da CUT revelou ainda que a mesma reivindicação será apresentada pela CUT à Previ – Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil – que também tem participação no capital da Tupy.

Na avaliação de Sebastião de Souza Alves, o encontro no BNDES foi extremamente positivo e a presença dos presidentes da CUT e da CNM/CUT deu mais peso à reivindicação de participação de trabalhadores no conselho da Tupy. “Agradeço o empenho da CNM em conseguir a audiência. Para nós, a reivindicação é muito importante para garantir a voz dos metalúrgicos na empresa e assim aprimorar os canais de negociação visando a dignidade no trabalho”, ressaltou o presidente do Sindicato de Joinville.

O diretor de Infraestrutura Social e Inclusão Social do Banco, Guilherme Narciso de Lacerda, também participou da audiência.

(Fonte: Solange do Espírito Santo – assessoria de imprensa da CNM/CUT)