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Metalúrgicos de São Leopoldo e Região cobram fiscalização de medidas sanitárias

Representantes do sindicato se reuniram com prefeito de Sapucaia do Sul em defesa da saúde da população

Publicado: 01 Abril, 2021 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Divulgação
Metalúrgicos de São Leopoldo Metalúrgicos de São Leopoldo
Metalúrgicos de São Leopoldo 

Dirigentes do Sindicado dos Metalúrgicos de São Leopoldo e Região (STIMMME-SL) se reuniram com o prefeito Volmir Rodrigues (PP) na tarde desta quarta-feira (31) para tratar da fiscalização do cumprimento das medidas sanitárias de combate ao Covid-19 no município.

Após receberem diversas denúncias da falta de fiscalização do uso de máscaras e de álcool gel em empresas da região, os sindicalistas decidiram entregar um ofício ao prefeito no início de março. Na ocasião, o gestor público se negou a receber os sindicalistas, postura diferente da adotada na tarde desta quarta. Na ocasião, o presidente da entidade, Valmir Lodi, entregou à Rodrigues uma lista de todas as empresas que, conforme denúncias, não estão seguindo os protocolos recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para contenção da pandêmica do novo Coronavírus, que já matou mais de 300 mil brasileiros e mais de 300 moradores da cidade gaúcha.

Conforme Lodi, o STIMMME-SL cumpriu seu papel de pressionar as autoridades públicas pela proteção da saúde dos cidadão sapucaienses.

“ Os metalúrgicos estão fazendo o seu papel. Estamos passando com o carro de som em frente às fábricas e conscientizando os trabalhadores da importância do uso de máscara e de álcool gel para a contenção do vírus. O poder público municipal também precisa fazer o seu papel, por mais que afirmem que é responsabilidade do Ministério Público do Trabalho fazer a fiscalização dos ambientes de trabalho, a figura do prefeito impõe respeito e ele deve usar disso para fazer sua autoridade prevalecer”, destacou Valmir após o encontro.

Rodrigues destacou na ocasião que não pretende multar cidadãos que não utilizarem máscara nas ruas e nem seus negócios, uma vez que isso pode aprofundar a crise econômica já deflagrada na cidade.

“O problema é muito mais cultural. Como vou pedir para que peões da construção civil que trabalham em meio ao calor por horas seguidas mantenham a máscara? Não tenho como exigir isso deles”, disse o prefeito, que em 2020 contraiu o vírus e que se justificou ao afirmar que sua equipe da Secretaria Municipal de Vigilância Sanitária possui apenas dois fiscais sanitários.

“ Há uma medida provisória em vigor que proíbe a realização de concursos públicos, portanto, estou de mãos atadas”, enfatizou o prefeito, cujo partido, o Progressistas, integra em âmbito federal, a base de apoio do governo Jair Bolsonaro (sem partido).

O secretário de Saúde do sindicato, Valdemir Pereira, questionou o prefeito sobre a compra vacinas por parte do município. Rodrigues, por sua vez, disse que Sapucaia do Sul economizou R$ 2 milhões no último período e que irá destinar os recursos para a compra do imunizante junto ao consórcio de municípios do Vale dos Sinos. Segundo a prefeitura, com o valor será possível vacinar 70% da população até setembro.

A prefeitura também se comprometeu a dialogar com as empresas que foram denunciadas pelos trabalhadores para que cumpram as medidas de proteção aos trabalhadores, como o afastamento de ao menos um metro entre as mesas dentro dos refeitórios e a ampla disponibilização de álcool gel para higienização dos trabalhadores.

“Vamos ver se o município vai cumprir com sua palavra. Se for necessário, voltaremos a nos reunir com o prefeito”, destacou Valmir, que em breve deve dialogar com a secretaria do gabinete do prefeito para que ocorra a inclusão do sindicato no grupo de trabalho que debate políticas  de imunização para a cidade.

*Matéria publicada no site do Metalsaoleo