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Metalúrgicos iniciam negociações para acordo nacional no setor siderúrgico

Dirigentes da CNM/CUT e da CNTM-Força Sindical se reuniram com representantes do Instituto do Aço Brasil para debaterem acordo de saúde e segurança do trabalhador nas empresas siderúrgicas.

Publicado: 12 Fevereiro, 2019 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: CNM/CUT
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Encontro aconteceu na sede do Instituto do Aço 

Nesta terça-feira (12), sindicalistas da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) e da CNTM-Força Sindical se reuniram com dirigentes do Instituto do Aço Brasil, entidade representativa das empresas brasileiras, para debaterem acordo de saúde e segurança do trabalhador nas empresas siderúrgicas. Ficou firmado entre as partes um calendário de reuniões para discutir o acordo. O encontro aconteceu na sede do Instituto, no Rio de Janeiro.

Representando a CNM/CUT estiveram presentes o presidente e o secretário geral, Paulo Cayres e Loricardo de Oliveira, respectivamente. Pela CNTM, a vice-presidente, Mônica Veloso. Pelo Instituto Aço Brasil participaram o presidente executivo, Marco Polo de Mello Lopes, a diretora de Relações Institucionais, Débora Oliveira e o gerente de Relações de Trabalho e Assuntos Legislativos, Mario Sergio Lopes.

“É preocupante a quantidade de acidentes e mortes que vem acontecendo nas empresas siderúrgicas do Brasil.  Este cenário só piorou com a terceirização indiscriminada e a reforma trabalhista que destrói direitos básicos da classe trabalhadora”, afirmou Cayres. “Se o protocolo for firmado, diretrizes e condições de saúde e segurança no local de trabalho terão que ser cumpridas pelas empresas. Além disso, os Sindicatos locais precisam estabelecer Acordos Coletivos de Trabalho que reforcem as normas e direitos estabelecidos”, concluiu.

De acordo com o secretário geral da CNM/CUT, as propostas do protocolo também têm o objetivo de fortalecer a organização no local de trabalho. “Uma das propostas é que fica assegurada a implantação de organização dos trabalhadores no chão de fábrica”, contou. “O trabalho de rede sindical foi fundamental para pressionar as empresas em suas bases. As ideias apresentadas para o Instituto do Aço foi deliberada através das reuniões de redes da Gerdau e ArcelorMittal”, concluiu Oliveira que também é coordenador do Comitê Mundial da Gerdau.

Já o presidente executivo do Instituto Aço Brasil falou sobre o processo de coalizão da indústria do aço para aumentar a competitividade e desenvolvimento. “O Instituto, que integra a coalizão empresarial ao lado de mais nove entidades, tem uma agenda de prioridades para a retomada dos investimentos na indústria nacional e para o fomento às exportações”, contou. 

Em sua intervenção, presidente da CNM/CUT também destacou o Plano Indústria 10+, que traz um conjunto de diretrizes para orientar as políticas industriais do país para os próximos 10 anos. “O objetivo é defender uma política industrial alinhada com a preservação do meio ambiente, promover o desenvolvimento regional e empregos de qualidade. O documento também defende que o fortalecimento da indústria também deve combater a desigualdade social”, disse Cayres.

(Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT)