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Metalúrgicos intensificam campanha na semana no drive trhu solidário

Enquanto a fome avança, o número de bilionários cresce no Brasil, em plena pandemia. Solidariedade é único caminho frente a um governo omisso

Publicado: 13 Abril, 2021 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Adonis Guerra
Campanha de Solidariedade do SMABCCampanha de Solidariedade do SMABC
Campanha de Solidariedade do SMABC

Esta semana o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SMABC) intensifica sua campanha de combate à fome para ajudar as pessoas mais necessitadas e que perderam sua renda durante a pandemia.

O drive thru solidário para arrecadação de alimentos e produtos de higiene será realizado no próximo sábado, 17, na Sede. Durante toda a semana as arrecadações ocorrem nas fábricas da base.

“Nosso Sindicato, nossa categoria, sempre teve a característica da solidariedade.”

“Num momento como este, deveríamos ter políticas públicas para evitar que as pessoas tivessem passando tanta dificuldade, mas o governo que não se preocupa com os mais pobres reduziu o auxílio emergencial para menos da metade”, destacou o coordenador da Regional Diadema, Antônio Claudiano da Silva, o Da Lua.

O coordenador chamou a categoria a participar da ação solidária.

“É uma situação muito difícil pela qual o povo está passando, o número de desempregados, de pais e mães de família nas ruas com cartazes dizendo que estão passando fome é absurdo.”

“Nosso pedido é para que os trabalhadores da nossa base façam esse gesto de solidariedade, que dá minimamente condições para ajudarmos as pessoas que mais precisam neste momento”.

Enquanto isso…

Enquanto 19 milhões de brasileiros passam o dia sem ter o que comer e outros 116,8 milhões convivem com algum grau de insegurança alimentar, o que corresponde a 55,2% dos domicílios do País, o número de bilionários cresce no Brasil. Em plena pandemia de Covid-19, saltou de 45, em 2020, para 65, em 2021, de acordo com o ranking dos Bilionários do Mundo de 2021 da Forbes.

Mapa da fome

Em 2001, cerca de 300 crianças brasileiras morriam por dia vítimas da desnutrição. Em 2014 o Brasil deixou o chamado Mapa da Fome com o amplo alcance do programa Bolsa Família.

Estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) baseado em dados de 2001 a 2017 mostrou que, ao longo de 15 anos, o programa reduziu a pobreza em 15% e a extrema pobreza em 25%.

Sob a condução do governo Bolsonaro, o Brasil caminha para voltar a integrar o Mapa da Fome. O levantamento é feito e publicado pela ONU (Organização das Nações Unidas) sobre a situação global de carência alimentar. Um país entra nesse mapa quando a subalimentação afeta 5% ou mais de sua população.

*matéria publicada no site do SMABC