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Movimento sindical se despede de Rogério Dornelles, médico e militante da classe trabalhadora

No Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita, atendia desde 2007, sempre realizando um trabalho ético, aproximado e humano com os trabalhadores e trabalhadoras da base

Publicado: 31 Maio, 2021 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Divulgação
Médico do trabalho no RSMédico do  trabalho no RS
Médico do trabalho no RS

Na manhã desta segunda-feira (31) o movimento sindical gaúcho recebeu a notícia da partida do Dr. Rogério Alexandre Nedir Dornelles, médico do trabalho e colaborador antigo de inúmeros sindicatos nos temas de prevenção aos acidentes de trabalho e proteção à saúde da classe trabalhadora. Dornelles tinha 63 anos e se encontrava em tratamento contra um câncer de pulmão metastático.

Com uma trajetória marcante junto à categoria metalúrgica, Rogério também se tornou uma referência na medicina do trabalho, área em que realizou inúmeros estudos e palestras durante os mais de 30 anos de atuação. Junto aos sindicatos de trabalhadores, realizava atendimentos presenciais no ambulatório das entidades e participava de cursos de formação para dirigentes sindicais, principalmente voltados à formação de cipeiros e cipeiras.

Nos anos 70, período em que era estudante de medicina, foi dirigente estudantil e ativista político. Já no final da década de 80, percebeu que deveria fazer política e ativismo por meio da profissão. Em entrevista ao Sindibancários de Porto Alegre, no ano de 2015, relatou que na relação Capital-Trabalho, ele escolheu o trabalhador. “Tem essa questão ideológica. Fico do lado do trabalhador porque é onde se constrói a riqueza. É muito ruim a gente estar doente numa sociedade que premia a excelência”.

Em abril desde ano, com o agravamento da doença e a necessidade de atenção exclusiva ao tratamento, Dornelles se afastou das atividades como médico. No Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita, atendia desde 2007, sempre realizando um trabalho ético, aproximado e humano com os trabalhadores e trabalhadoras da base.

“Foi um privilégio poder contar com o Rogério como profissional durante tantos anos no Sindicato. É uma perda que sentimos profundamente, porque mais do que um médico exemplar e dedicado, ele foi nosso grande companheiro na luta por condições de trabalho e uma vida mais digna aos trabalhadores”, afirmou Paulo Chitolina, presidente do Sindicato.

Fonte: STIMMMMEC (com informações de informe do Sindibancários)