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Movimentos criam frente ampla por Diretas Já

Objetivo é somar esforços com artistas, intelectuais e da sociedade civil e pressionar o Congresso por PEC das diretas.

Publicado: 06 Junho, 2017 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Mais de 55 entidades representativas de diferentes setores da sociedade civil, de um amplo espectro político, criaram nesta segunda-feira (5), em Brasília, a "Frente Ampla Nacional pelas Diretas Já". O movimento, que é suprapartidário, será lançado oficialmente no Congresso em um ato na quarta-feira (7).

A iniciativa é mais uma demonstração de que a população quer a saída de Michel Temer do poder e escolher o novo presidente da República. Pesquisa CUT/Vox Populi divulgada nesta segunda-feira (5) apontou que 85% dos brasileiros querem a cassação de Temer e 89% defendem eleições diretas.

Para o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, um dos proponentes da frente ampla, a mobilização da sociedade civil brasileira é fundamental para forçar a retomada da democracia no país. "A alternativa de trocar Temer por eleições indiretas é mais ilegítima ainda e não podemos deixar essa anomalia acontecer", destacou o dirigente. Para Freitas o alto índice de desemprego e a divulgação dos últimos números econômicos não deixam dúvidas que só a volta da democracia por eleições diretas, com o povo votando, pode fazer o país voltar a crescer, "não só a economia e o emprego precisam ser retomados, mas a esperança de todo o povo brasileiro", avaliou.

Confira a nota divulgada sobre o lançamento da Frente:

Reunindo mais de 55 entidades representativas de diferentes setores da sociedade civil, de um amplo espectro político, conformou-se neste dia 5 de Junho, em Brasília, a "Frente Ampla Nacional pelas Diretas Já", cujas resoluções seguem em anexo, juntamente com a nota abaixo.

NOTA

Frente Ampla Nacional pelas Diretas Já

O Brasil atravessa uma grave crise política, econômica, social e institucional. Michel Temer não reúne as condições nem a legitimidade para seguir na presidência da República. A saída desta crise depende fundamentalmente da participação do povo nas ruas e nas urnas. Só a eleição direta, portanto a soberania popular, é capaz de restabelecer legitimidade ao sistema político.

A manutenção de Temer ou sua substituição sem o voto popular significa a continuidade da crise e dos ataques aos direitos, hoje materializados na tentativa de acabar com a aposentadoria, os direitos trabalhistas e as políticas públicas, além de outras medidas que atentam contra a soberania nacional.

As diversas manifestações envolvendo movimentos sociais, artistas, intelectuais, juristas, estudantes e jovens, religiosos, partidos, centrais sindicais, mulheres, população negra e LGBTs demonstram a vontade do povo em definir o rumo do país.

Por isso, conclamamos toda a sociedade brasileira a se mobilizar, tomar as ruas e as praças para gritar bem alto e forte: Fora temer! Diretas já! E Nenhum direito a menos! O que está em jogo não é apenas o fim de um governo ilegítimo, mas sim a construção de um Brasil livre, soberano, justo e democrático.

Assinam:

Frente Brasil Popular – FBP

Frente Povo Sem Medo – FPSM

Centra Única dos Trabalhadores – CUT

Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais – ABONG

Associação das Mulheres Brasileira - AMB

Associação Nacional de Pós Graduandos - ANPG

Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho – ANAMATRA

Brigadas Populares

Central dos Movimentos Populares - CMP

Central dos Sindicatos Brasileiros - CSB

Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - CTB

Central Pública

Centro de Atendimento Multiprofissional - CAMP

Coletivo Quem Luta Educa/MG

Comissão Brasileira de Justiça e Paz da CNBB - CBJP

Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio - CNTC

Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE

Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino – CONTEE

Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos - CNTM

Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura - CONTAG

Conferência dos Religiosos do Brasil - CRB

Conselho Federal de Economia - CONFECON

Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil - CONIC

FASE Nacional

Fora do Eixo / Mídia Ninja

Fórum de Lutas 29 de abril/PR

Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito

Frente de Juristas pela Democracia

Instituto de Estudos Socioeconômicos – INESC

Central Intersindical - INTERSINDICAL

Juntos

Koinonia

Levante Popular da Juventude

Marcha Mundial das Mulheres - MMM

Movimento Camponês Popular - MCP

Movimento dos Pequenos Agricultores - MPA

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST

Movimento dos Trabalhadores Sem Teto - MTST

Movimento Humanos Direitos - MHUD

Movimento Nacional contra a Corrupção e pela Democracia - MNCCD

Movimento pela Soberania Popular na Mineração - MAM

Movimento por uma Alternativa Independente e Socialista – MAIS

Partido Comunista do Brasil – PC do B

Partido dos Trabalhadores – PT

Partido Socialismo e Liberdade – PSOL

Partido Socialista Brasileiro – PSB

Pastoral Popular Luterana

Rede Ecumênica da Juventude - REJU

Rua Juventude Anticapitalista - RUA

Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo

União Brasileira de Mulheres - UBM

União da Juventude Socialista – UJS

União Geral dos Trabalhadores – UGT

União Nacional dos Estudantes - UNE

(Fonte: Brasil 247)