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No ABC, trabalhadores conquistam reajuste e encerram greve na Scania

Publicado: 24 Outubro, 2016 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Divulgação
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Logo depois de aprovarem o acordo, metalúrgicos retomaram o trabalho 

Em assembleia realizada na manhã desta segunda-feira (24), os trabalhadores na Scania, em São Bernardo do Campo (SP), aprovaram a proposta encaminhada pela direção da empresa e decidiram encerrar a greve iniciada no dia 17. O acordo aprovado terá duração de dois anos e garante reajuste salarial de 5% retroativo a setembro (data base da categoria) mais abono de R$ 4 mil pago em janeiro de 2017, além da recomposição integral da inflação pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) nos salários em 2017.

Em relação à proposta anterior, cuja rejeição levou ao início da greve, a negociação realizada durante todo o fim de semana entre o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e a direção da fábrica garantiu a extensão do período de estabilidade por mais três meses - até dezembro de 2017 -, a renovação dos contratos de trabalhadores temporários e a antecipação do pagamento do 13º salário de 2017 para o mês de fevereiro.

O acordo também prevê um adicional nos salários, aplicado em janeiro de 2018 e 2019, caso a produção anual atinja ou supere 16 mil unidades de caminhões e ônibus. O valor será de 0,5% nos salários a cada mil unidades produzidas a mais.

Carlos Caramelo, diretor executivo do Sindicato e trabalhador na Scania, ressalta também que, com a aprovação do acordo, a empresa se compromete a manter no Brasil os volumes de produção voltados para a exportação. “Esse é um dos pontos importantes. Com a aprovação do acordo e o retono ao trabalho ficam preservados os níveis de competitividade da planta brasileira, o que garante a capacidade de exportação a partir daqui”, explica.

“Mesmo após uma semana de movimento, a negociação continuava muito dura e não conseguíamos quebrar a resistência da fábrica. Economicamente, a proposta não mudou muito, mas pudemos incluir questões que contemplam outras áreas de interesse do trabalhado”, reforça o secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana.

Após o término a assembleia, os metalúrgicos retornaram ao trabalho. Os dias parados serão descontados do banco de horas do trabalhador. O movimento durou cinco dias, mas serão descontados apenas quatro.

(Fonte: Imprensa do SMABC)
 

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