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Novo presidente da Vale garante investimentos previstos para 2011

Publicado: 23 Maio, 2011 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

O novo presidente da Vale, Murilo Ferreira, garantiu em entrevista concedida nesta sexta-feira que a mineradora irá manter o plano de investimentos previstos para este ano, avaliados em US$ 24 bilhões.

"O planejamento estratégico da empresa, assim como seu orçamento de 2011, estão mantidos. Que não haja nenhuma dúvida sobre a continuidade. Vamos fazer o nosso maior esforço para cumprir", declarou Ferreira.

A mensagem de continuidade foi confirmada com o anúncio que, com exceção de uma nova diretora de recursos humanos que ainda será nomeada, todos os demais diretores da empresa serão confirmados em seus cargos.

Ex-executivo que desempenhou diversos cargos na Vale entre 1998 (um ano após a privatização) e 2008, Ferreira foi o escolhido pelos acionistas para o cargo, após as divergências entre o Governo e o presidente anterior, Roger Agnelli.

Embora seja uma empresa privada, a Vale tem como grandes acionistas alguns fundos de previdência de empresas estatais e um banco público, bem como atuação em setores considerados estratégicos para o Brasil.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a criticar em várias ocasiões Agnelli pelo aumento dos investimentos da Vale em outros países e por sua negativa em construir novas siderúrgicas no Brasil.

O novo presidente da Vale afirmou que não é incompatível gerar valor para os acionistas e ter boas relações com as comunidades e os Governos dos países onde a empresa atua. "Queremos uma relação com o Governo aberta, franca e construtiva. É interesse de todas as partes que isso ocorra de forma muito boa", afirmou Ferreira.

Ele esclareceu, no entanto, que qualquer investimento depende de estudos de viabilidade e tenha potencial de lucros para os investidores, já que a empresa é privada e seu objetivo é gerar resultados para os proprietários.

Nesse sentido, Ferreira reiterou que, apesar de a Vale ser atualmente acionista majoritária em projetos para construir siderúrgicas, a empresa não descarta a possibilidade de vender participações a outros sócios e ficar em uma posição minoritária.

Fonte: EFE