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Oito montadoras de veículos suspendem produção no país por causa da pandemia

Mais quatro montadoras anunciam paralisação da produção em todas as suas unidades do país, ampliando para oito o total de fábricas com atividades suspensas por causa do agravamento da pandemia de Covid-19

Publicado: 26 Março, 2021 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Divulgação/ Toyota
Imagem da produção da ToyotaImagem da produção da Toyota
Imagem da produção da Toyota

As montadoras japonesas Toyota e Nissan, a francesa Renault  e a alemã Volkswagen Caminhões (VWCO) foram as quatro últimas montadoras a aderirem à suspensão de atividades de suas produções diante do agravamento da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que já matou mais de 300 mil pessoas no Brasil. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (25).

Com isso, chega a oito o número de montadoras instaladas no pais que paralisaram suas atividades, afetando cerca de 45 mil trabalhadores e trabalhadoras, que deixarão de exercer suas atividades presencialmente.

Desde a semana passada, anunciaram a suspensão da produção a Volkswagen (quatro unidades) e as fabricantes de caminhões Mercedes Benz (duas unidades ) e Scania  (uma unidade). Também já havia anunciado a interrupção das atividades a General Motors.

A Volvo que possui apenas uma fábrica no Brasil, em Curitiba (Paraná), reduziu a produção em 70% e colocou parte do pessoal em casa. A empresa sueca possui em torno de 3,7 mil funcionários, sendo que  quase 1,5 mil deles, dos setores administrativos, já estão trabalhando em regime de home office.

As empresas afirmam que a suspensão das atividades foi negociada junto aos sindicatos dos trabalhadores da categoria, e que seguirão as normas e medidas das autoridades municipais e estaduais para contribuir com o isolamento social, em um momento no qual o número de casos de contaminação cresce e os hospitais estão lotados.

A decisão da Volks foi tomada em conjunto com os sindicatos locais, em reunião realizada na semana passada entre a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SMABC), que reforçou a necessidade urgente de paralisação das fábricas devido ao avanço da pandemia, que só no ABC Paulista já matou mais de 5 mil pessoas.

Leia Mais: Volks suspende produção e sindicato luta por paralisação total contra Covid

A Renault vai interromper as atividades na fábrica de São José dos Pinhais (PR) e os trabalhadores das áreas administrativas seguem em home office.

A Toyota informou que as suas quatro fábricas localizadas em São Bernardo do Campo, Indaiatuba, Sorocaba e Porto Feliz, todas em São Paulo, por até 10 dias corridos, com início a partir de segunda-feira (29). As atividades serão retomadas no dia 6 de abril em Indaiatuba e no dia 5 nas demais unidades. A Toyota tem 5,6 mil trabalhadores no Brasil.

Em nota a montadora diz que “a medida tem como objetivo contribuir com a redução da circulação de pessoas no momento mais crítico da pandemia no país, além de atender a antecipação de feriados por parte de autoridades em algumas dessas regiões”.

A Nissan, com fábrica em Resende (RJ) fará uma paralisação mais longa, de 15 dias, com início já a partir desta sexta (26). Em nota, a Nissan informou que decidiu adotar férias coletivas no período de 26 de março a 9 de abril, retomando a produção no dia 12.

Segundo a empresa, a medida tem como objetivo “garantir a segurança de seus funcionários como parte do esforço de reduzir o impacto da pandemia, adaptar a empresa ao cenário atual dos desafios enfrentados pelo setor automotivo e garantir a continuidade do negócio”.

Na Volkswagen Caminhões (VWCO) a suspensão da produção começa a partir de segunda (29) e vai até 4 de abril. A medida afeta 3,5 mil trabalhadores, exceto os que trabalham em serviços de manutenção. A VWCO diz que além da pandemia, enfrenta situação crítica de desabastecimento de peças.

Confira como está a produção nas demais montadoras instaladas no Brasil. As informações são do site Automotive Business

BMW: a empresa informou que a fábrica de Araquari (SC) realocará sua produção do dia 1º de abril (quinta-feira) para sábado (24/04) em função do atraso logístico causado por conta do mau tempo. Assim, a fábrica vai ficar fechada entre os dias 1 e 5 de abril (contando os feriados de Sexta-feira Santa, 2 de abril, e do aniversário de Araquari, 5 de abril). O retorno à produção acontece no dia 6 de abril.

DAF: a empresa respondeu que “não vai se posicionar sobre o assunto”.

General Motors: A fábrica de Gravataí (RS) está parada por falta de insumos (semicondutores). As unidades de Joinville (SC), São Caetano do Sul e São José dos Campos, ambas em São Paulo,  seguem trabalhando normalmente

Grupo Caoa: A fábrica de Jacareí (SP), onde são montados alguns modelos da Caoa Chery, não tem previsão de suspender suas atividades. A empresa informou que a unidade não enfrenta falta de peças e segue acompanhando as recomendações e medidas dos órgãos públicos em relação à pandemia de Covid-19.

Já a fábrica de Anápolis (GO), que produz veículos da Hyundai e da Caoa Chery não enviou resposta até o momento. A empresa informou que a unidade não enfrenta falta de peças e segue acompanhando as recomendações e medidas dos órgãos públicos em relação à pandemia de Covid-19.

Grupo Stellantis: Todas as fábricas do grupo (Fiat, Jeep, Peugeot, Citroën) ns cidades de Porto Real (RJ), Betim (MG) e Goiana (PE) seguem produzindo.

Honda: a empresa, que possui fábricas em Sumaré e Itirapina – ambas no interior de São Paulo – não respondeu ao site.

Jaguar Land Rover: a fábrica de Itatiaia (RJ) segue operando normalmente,. Os responsáveis pela planta informaram que monitoram a evolução da pandemia

Mitsubishi: A produção na fábrica de Catalão (GO) segue normal.

*Matéria publicada no site da CUT, com informações do O Estado de São Paulo Automotive Business