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Os trabalhadores colaboraram com as empresas, agora é a hora de receberem um reajuste digno, afirma FTM-RS

“No Brasil, não há lei que garanta o reajuste salarial. Isso é fruto do trabalho dos sindicatos e da mobilização e união da categoria”, enfatizou.

Publicado: 22 Outubro, 2020 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Desde o início da pandemia do Covid-19, e dos decretos de calamidade pública por conta da doença (editados ainda fevereiro), os sindicatos filiados à Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do RS (FTM-RS) começaram um intenso trabalho junto com as entidades patronais, na segunda quinzena de março, pautados pelo tripé: proteção à saúde dos trabalhadores e seus familiares, manutenção do emprego e o garantir ao máximo possível da remuneração.

Por isso, foram feitos inúmeros acordos respaldados pelas Medidas Provisórias (MPs) 936 e 927 do governo federal, que permitiam o home-office, a redução de jornada e de salário, além da suspensão de contrato. Com isso, os trabalhadores tiveram perdas significativas na sua remuneração.

O presidente da FTM-RS, Lírio Segalla, ressalta que “os trabalhadores fizeram a sua parte para ajudar as empresas devido as incertezas causadas pela pandemia e agora é necessário recuperar as perdas que tiveram no período. E esse é mais um dos motivos que os patrões precisam considerar na negociação salarial”, ressalta Lírio.

Neste ano atípico, a negociação do reajuste salarial para a categoria está ocorrendo agora, nos meses de outubro e novembro. Devido à pandemia do coronavírus, a FTM-RS optou por renovar as cláusulas sociais da Convenção Coletiva de Trabalho. Com isso, garantiu os direitos da categoria até abril de 2021 e por entender que em abril vivíamos um momento de inúmeras incertezas, jogou a negociação das cláusulas econômicas para novembro.

“Entendíamos que naquele momento, em abril, não era oportuno realizar a negociação pelo cenário de incerteza. Optamos por colaborar com as empresas, para garantir não só os empregos, mas o futuro dessas empresas. Agora chegou a vez dos trabalhadores receberem um reajuste digno”, afirmou Lírio.

A importância da mobilização da categoria para garantir um reajuste que reponha as perdas do período foi outro destaque feito pelo dirigente. “No Brasil, não há lei que garanta o reajuste salarial. Isso é fruto do trabalho dos sindicatos e da mobilização e união da categoria”, enfatizou.

*matéria publicada no site da FTM-RS