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Redução de jornada e outros itens são aprovados na Toyota

Proposta ficou disponível para votação por 24 horas, entre os dias 13 e 14, no Portal SMetal, e foi aprovada por 98,14% dos votos; novo acordo tem vigência por 30 dias e começa a valer em setembro

Publicado: 14 Agosto, 2020 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

O novo acordo de redução de jornada na montadora Toyota, em Sorocaba, foi aprovado pelos trabalhadores com 98,14% dos votos. A votação também aprovou o trabalho remoto (home office) para os funcionários do administrativo, banco de horas para os supervisores e a jornada diferenciada para empregados do Try Team (Projetos) e SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor).

A votação online ficou disponível por 24 horas, entre os dias 13 e 14 de agosto, no Portal SMetal. Dos 1.894 trabalhadores que tinham direito a voto, 1.398 (73,81%) participaram da assembleia eletrônica, 1.372 (98,14%) foram favoráveis à proposta, 9 (0,64%) votaram contra e 17 (1,22%) preferiram se abster.

O acordo prevê a redução das jornadas dos trabalhadores da produção em 25% por 30 dias, com vigência a partir de 3 de setembro. Para negociar, o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) utilizou como base a Lei 14.020/2020 e o decreto 10.422/2020, do governo federal, que ampliou o prazo dos acordos de redução e de suspensão dos contratos.

A proposta negociada pelo SMetal garante melhores condições e maior remuneração do que preveem as normas governamentais. Desse modo, os trabalhadores vão receber parte do pagamento através do Benefício Emergencial de Proteção ao Emprego e Renda (BEPER) mais um complemento da empresa, garantido 100% do salário líquido ou um valor próximo, conforme a faixa salarial do funcionário.

Para o presidente do SMetal, Leandro Soares, trata-se de um acordo benéfico para os funcionários da montadora. “Temos buscado todas as ferramentas para minimizar o impacto da crise causada pela pandemia para categoria. Com o acordo conquistado pelo Sindicato, o rendimento dos trabalhadores é garantido para enfrentar esse momento difícil”.

Outra medida importante garantida no acordo é que a empresa ficará responsável por pagar a parte do governo federal – o Beper – caso o mesmo não o faça. O secretário-geral do Sindicato, Silvio Ferreira, explica a importância dessa medida.

“O governo federal deixou em aberto a possibilidade de não conseguir pagar a sua parte e não podemos aceitar que os trabalhadores sejam lesados caso isso ocorra. As pessoas têm família para sustentar e precisam de segurança financeira. E também precisam ter a garantia de permanência nos postos de trabalho, como conseguimos estabelecer no acordo anterior, junto com o PPR”.

Para o home office dos funcionários do administrativo, foram aprovadas medidas que os trabalhadores possam executar o serviço com boas condições, como empréstimo de cadeiras de escritório, o estabelecimento de crédito de banco de horas, entre outros.

*matéria publicada no site do sindicato