MENU

Renault anuncia mudanças na diretoria após falso caso de espionagem

Publicado: 12 Abril, 2011 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

A Renault anunciou na segunda-feira, 11, acordo com os três executivos demitidos acusados indevidamente de espionagem. Um segundo acordo com um funcionário demitido em 2009 foi fechado e devolverá Philippe Clogenson à empresa, agora como diretor de desenvolvimento de negócios da Renault Consulting.

A companhia informou ainda, em comunicado, que está "encaminhando os procedimentos" para a demissão do responsável pela segurança de TI do grupo, Rémi Pagnie, e mais dois subordinados com base em auditorias realizadas pela própria companhia e pela consultoria Bearing Point.

O chefe do departamento jurídico, Christian Husson, e o responsável pelo departamento de pessoal, Jean-Yves Coudriou, foram afastados de suas funções assim como o secretário geral, Laurence Dors.

Segundo comunicado da companhia o diretor de operações da Renault, Patrick Pelata, pediu demissão após ler os relatórios das auditorias, no que foi atendido – porém a empresa afirmou que lhe oferecerá outros cargos dentro do grupo. O presidente Carlos Ghosn declarou na nota que "as habilidades de Pelata continuam valiosas e são um trunfo para o grupo".

Mouna Sepehri será nomeada secretária-geral e acumulará a chefia do departamento jurídico. Segundo a nota, ela será também responsável por "levantar qual aprendizado em termos de comunicação a empresa pode tirar do acontecimento". Sepehri também passa a fazer parte do Comitê Executivo do grupo, assim como Marie-Françoise Damesin, diretora de recursos humanos.

Em termos de reestruturação, a Renault mudará sua política de gestão de risco com a criação de cargo de gerente de ética, que responderá diretamente ao presidente. Ainda será criado um departamento de segurança da informação.

Ghosn declarou que o caso de espionagem envolvendo a tecnologia de veículos elétricos do grupo, alardeado inclusive junto ao governo francês e depois declarado como engano, foi uma "página dolorosa na história da companhia". E acrescentou: "Além dos executivos envolvidos, todos os empregados da Renault sofreram com essa crise. Esta é a razão pela qual grandes mudanças foram feitas a fim de restaurar a confiança na empresa".

Fonte: Autodata