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Renault cumpre metas e aplicará mais R$ 1 bilhão no Brasil

Publicado: 11 Dezembro, 2009 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Após cumprir as metas traçadas pelo Contrato 2009 a Renault, no ano em que completa seus primeiros 10 anos de Brasil, anunciou por meio de seu presidente, Jean-Michel Jalinier, que repetirá o volume aplicado no último triênio: "Investiremos R$ 1 bilhão nos próximos três anos para desenvolver nova gama de automóveis e entrar em segmentos em que ainda não atuamos".

Jalinier confirmou que a primeira novidade será o utilitário esportivo Duster, apresentado na Europa na terça-feira, 9. Será, no entanto, versão diferente da fabricada na Romênia, pois a Renault fará adaptações para o gosto do consumidor brasileiro. Chegará ao mercado em 2011, produzido em São José dos Pinhais, PR.

Desde 2006, quando o Contrato 2009 foi anunciado, a Renault lançou sete modelos no mercado brasileiro, um a mais do inicialmente planejado: Mégane Sedan, Mégane Grand Tour, Logan, Sandero, Sandero Stepway, Symbol e a nova versão do utilitário Master. A produção da fábrica paranaense dobrou já no ano passado e novamente superará 100 mil unidades este ano quando, novamente, a companhia fechará no azul, apesar das dificuldades causadas pela crise - mas Jalinier não revela quanto deverá lucrar.

Em tom dissonante ao discurso da maior parte do setor o presidente da Renault projeta para 2010 mercado doméstico empatado com as 3,1 milhões unidades deste ano, mas com ganho de 1 ponto de participação da Renault - de 4% para 5% das vendas.

Este ano a companhia tropeçou aqui: de janeiro a novembro seus licenciamentos cederam 1,1% comparados com os de idêntico período de 2008, com 106,2 mil unidades comercializadas. Segundo seu vice-presidente, Alain Tissier, a empresa pisou demais no freio no fim do ano passado e demorou a colocar o pé de volta no acelerador.

"Chegamos ao início de dezembro do ano passado com os estoques lá em cima, o que nos fez dar licença a 1 mil funcionários. As ações do governo ajudaram a recuperar as vendas no fim de janeiro, mas nós demoramos a acreditar que era realmente mercado: julgamos ser rescaldo das vendas do mês anterior. Quando percebemos que era mercado chamamos os funcionários de volta, mas aí já havíamos perdido cerca de um trimestre de vendas."

Foi apenas mais uma etapa do aprendizado da jovem Renault no mercado brasileiro, segundo Tissier. Mesmo com o tropeço a companhia deverá fechar na sexta colocação do mercado brasileiro, perdendo posição para Honda. A meta ambiciosa revelada por Jalinier é ser uma das três maiores do mercado nos próximos anos: "O período de construção da Renault encerrou. Viramos a página para uma nova etapa da empresa no Brasil: crescimento, com base no que aprendemos nos últimos dez anos".

Fonte: Autodata