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Renault estuda a construção de uma nova fábrica no Brasil

A Renault poderá ter, em mais três anos, nova fábrica no Brasil. A informação é do presidente Jean-Michel Jalinier, que concedeu entrevista durante o lançamento do Novo Sandero, em Florianópolis, SC, na terça-feira, 10

Publicado: 11 Maio, 2011 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

A conta de Jalinier é bem simples: ele quer ver a Renault – sem contar Nissan – com 8% do mercado brasileiro até 2016. Pelos seus cálculos, ali, o mercado interno será na casa de quatro milhões de unidades e, assim, cerca de 300 mil serão Renault. Como a capacidade instalada da planta de São José dos Pinhais, PR, é de 200 mil unidades/ano nominais, que será plenamente ocupada até 2013, faltarão cerca de 100 mil veículos – "Uma fábrica", segundo o executivo.

Hoje o board da Renault está debruçado, justamente, em decidir em que local serão produzidos estes 100 mil veículos. São cinco as possibilidades em estudo, duas no Brasil: ampliar a planta paranaense ou construir nova fábrica em outro Estado. Além disso disputam a produção as plantas da Renault na Argentina e na Colômbia, além da unidade Nissan no México.

Jalinier explica que defende o investimento na planta paranaense, mas nova fábrica em outro Estado é "hipótese considerável". O executivo acrescenta que como o investimento ainda não está confirmado para nenhum dos países que o disputam ainda não conversou com representantes de nenhuma região brasileira em particular. E com boas razões: hoje, aponta, economicamente a vitória aponta para o México. "O investimento será decidido em mais cerca de um ano, então temos até lá para mostrar que podemos ser competitivos no Brasil."

A data coincide com o fim do atual plano de investimentos em curso da Renault, de R$ 1 bilhão no Brasil para o período 2010-2012.

Segundo colocado – De qualquer forma o País já ganhou relevância rapidamente dentro do Grupo Renault, afirma Jalinier. "Há cinco anos o Brasil não estava nem na lista dos vinte maiores mercados para a marca no mundo. Em 2010 fomos o terceiro melhor mercado global, tanto em volume quanto em resultado. Agora o acionista francês conhece o Brasil, sabe sobre ele e se interessa por este mercado, por crescer mais aqui."

De acordo com seus cálculos se a Renault brasileira atingir objetivo de vendas em 2011, próximo das 200 mil unidades – o que representaria alta de 20% sobre 2010 –, a subsidiária local ultrapassará a Alemanha, tornando-se a segunda maior operação atrás, somente, da mãe França. "Neste ano a disputa será apertada. Mas se não for em 2011 certamente o será em 2012."

Fonte: Autodata