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Setor Naval: Terceiro proposta patronal para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho tem 98% de reprovação no ES

Os trabalhadores, que já estão sendo lesados pelos atrasos na negociação, reivindicação, no mínimo, um abono de R$ 800,00

Publicado: 08 Outubro, 2020 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Nessa quarta-feira, 07, os metalúrgicos da Jurong reprovaram mais uma proposta da bancada patronal (Jurong e Sindifer) para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho do setor naval.

O índice de reprovação, que chegou a 98%, é reflexo do descontentamento dos trabalhadores em relação a falta de avanços significativos na negociação salarial. Para os metalúrgicos, como de costume, a Jurong está levando a negociação em banho-maria, o que, com razão, tem gerado revolta, haja vista que a data-base dos trabalhadores é 1º de setembro e, mesmo com o Sindimetal-ES iniciando a negociação em julho, o que se vê é um empurra com a barriga por parte dos patrões.

Essa é uma estratégia nada original dos empresários, que atrasam a negociação o máximo que puderem para chegar no final do ano e, diante do esgotamento emocional dos trabalhadores, tentar enfiar goela-abaixo uma proposta que não contempla os anseios da categoria.

Mas os metalúrgicos da Jurong, como sempre, não deixarão a pressão patronal enfraquecer a luta por melhores salários e mais benefícios. Os companheiros já sinalizaram que entrarão em greve caso a próxima proposta apresentada pelos patrões não traga avanços reais.

A proposta que foi reprovada pelos companheiros consiste em: reajuste salarial de 2.94% (equivalente à inflação do período - INPC) para quem tem salário de até R$ 6 mil, para quem recebe até R$ 12 mil o índice de reajuste seria de 2% e os trabalhadores com remuneração acima de R$ 12 mil, a proposta era R$ 120,00 de aumento. Para o tíquete alimentação, a Jurong propôs o valor de R$ 480,00 e a reivindicação dos trabalhadores é R$ 530,00. Para compensar o reajuste salarial, que seria aplicado apenas em janeiro do ano que vem, a Jurong apresentou um abono de R$ 500,00. Os trabalhadores, que já estão sendo lesados pelos atrasos na negociação, reivindicação, no mínimo, um abono de R$ 800,00.

*matéria publicada no site do sindicato