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ThyssenKrupp prevê aumento da demanda por aço e lucratividade no Brasil

Publicado: 18 Agosto, 2014 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

O grupo alemão de indústria e siderurgia ThyssenKrupp acredita numa retomada do crescimento econômico brasileiro e que a demanda pelo aço que a empresa produz vai crescer, disse nesta segunda-feira (18) o presidente-executivo Heinrich Hiesinger.

A ThyssenKrupp não conseguiu vender sua usina siderúrgica CSA, que tem enfrentado prejuízos devido ao excesso de custos e desafios operacionais.

Com o processo de venda oficialmente encerrado, a empresa tem intensificado esforços para resolver problemas e impulsionar a rentabilidade, disse Hiesinger. "Meu compromisso original era tornar a CSA rentável no ano fiscal 2014/15", disse, destacando a forte expansão potencial dos Estados Unidos. "Eu acho que em um ano chegaremos lá", completou.

Ele afirmou que a empresa ainda planeja vender CSA no médio ou longo prazo, embora isso não esteja atualmente em negociação. Na semana passada, a ThyssenKrupp elevou a perspectiva para o exercício financeiro que termina em setembro, para "ponto de equilíbrio ou leve lucro líquido", impulsionado por um lucro trimestral inesperado da CSA.

Diante da fraca demanda global por aço, a ThyssenKrupp disse que vai concentrar esforços de vendas do CSA no mercado local, onde espera se diferenciar através de lajes de maior qualidade do que a maioria dos produtores locais pode fornecer.

"Para mercados específicos eu acho que há interesse no mercado", disse Hiesinger, embora tenha se recusado a fornecer projeções de vendas. A economia brasileira tem desacelerado de forma acentuada e deve crescer apenas 0,79% este ano e 1,2% em 2015, segundo pesquisa do Banco Central com analistas nesta segunda-feira.

"Não tenho dúvida que vamos superar um ou dois anos mais difíceis, porque acredito fortemente nos fundamentos no Brasil", disse Hiesinger, apontando para a abundância de recursos naturais do país e as tendências demográficas favoráveis.

Ainda assim, ele disse esperar que o Brasil faça reformas para melhorar as condições de negócios, incluindo a racionalização seu processo fiscal.

(Fonte: Reuters Brasil)