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Timken e SKF ampliam fábricas

Publicado: 25 Novembro, 2005 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Com perspectivas de demanda aquecida na indústria automotiva, as fabricantes de rolamentos Timken, com sede nos Estados Unidos, e a sueca SKF estão concluindo projetos de ampliação. A partir de janeiro de 2006, a Timken coloca em operação duas novas linhas importadas de unidades na Alemanha e na Inglaterra. Os equipamentos aumentarão sua capacidade em 15%, com o objetivo de atender o mercado interno.

'Desde 2004, sistemistas e montadoras exigem volumes maiores da produção local para exportar', diz Stefanos Marcouizos, diretor de operações da Timken. No ano passado, a empresa enfrentou dificuldades para atender os pedidos porque a demanda interna somou-se a novos contratos de exportação. Com isso, a fábrica passou a operar em três turnos, 24 horas por dia. Nos últimos seis anos, a empresa ampliou sua capacidade em 70% no Brasil.

Marcouizos explica que a fábrica de rolamentos, localizada na zona sul de São Paulo, teve de passar por uma reestruturação para comportar as novas máquinas. A mudança envolveu a redução dos estoques dos produtos ao longo do processo produtivo. Com isso, o espaço livre na unidade de 18 mil m² cresceu 30%.

Sua concorrente SKF concluiu em setembro uma ampliação também para atender o setor automotivo. Ela investiu R$ 20 milhões para aumentar sua capacidade em 30% no segmento de rolamentos para câmbios de carros populares. A fábrica da companhia, em Cajamar (SP), passou por uma reforma. De acordo com o presidente da SKF do Brasil, Donizete Santos, todo o incremento será exportado para a unidade da empresa nos Estados Unidos.

A partir de 2006, a companhia tem planos de começar a fabricar no Brasil rolamentos para o setor industrial, que hoje são importados de filiais na Europa, Ásia e Estados Unidos. O objetivo é destinar, no mínimo, metade da produção para o mercado externo.

A SKF ainda não definiu quais setores industriais atenderá, mas pretende centralizar suas atenções em poucos segmentos. Com isso, vai restringir o número de produtos e conseguir volumes maiores. Alguns dos setores mais cotados pela companhia são o de alimentos e bebidas, óleo e gás, papel e celulose, mineração e siderurgia. 'Estamos estudando quais setores terão bom desempenho tanto no mercado interno quanto nas exportações', afirma.

A Timken, que importa este tipo de produto da Europa e dos Estados Unidos, descarta a possibilidade de iniciar a produção no país devido a baixa escala de pedidos. 'A demanda da indústria brasileira está abaixo dos níveis desejáveis', diz Marcouizos. Atualmente, menos de 20% das suas vendas destinam-se ao mercado industrial.

Fonte
: Valor

SKF