Trabalhadores aprovam acordo para preservar empregos na Autoliv

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Acordo entre sindicato e empresa

Acordo entre sindicato e empresa

Os trabalhadores na Autoliv aprovaram em assembleia, nesta sexta-feira (14), um acordo para adequar o excedente de mão de obra na fábrica, alegado pela empresa. A proposta também visa preservar ao máximo os empregos e renda dos funcionários neste período de pandemia.

No dia 11 de agosto, a Autoliv divulgou um comunicado interno onde apontou um excedente de 350 funcionários, reflexo da crise do mercado. O Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau) iniciou então um processo de negociação com a empresa.

Do total de 350 cortes previstos pela Autoliv, 155 foram evitados. Pelo acordo, esse grupo terá a suspensão dos contratos de trabalho, em uma extensão de um acordo firmado com a fábrica no último mês de maio.

Outros 195 funcionários serão colocados em um plano de demissão indenizada. Esse plano estabelece que os desligamentos sejam realizados em duas etapas até outubro. Com isso, caso o mercado se recupere nos próximos meses, parte desses cortes pode ser evitado.

O acordo prevê que os funcionários desligados recebam um pacote com indenização de cerca de seis salários, PLR integral, extensão de 3 meses de plano médico e de 5 meses do vale-refeição, além das verbas trabalhistas resultantes da rescisão do contrato.

Em caso de abertura de novas contratações, a Autoliv terá que reservar no mínimo 10% das vagas para retorno dos demitidos. O presidente do Sindmetau, Cláudio Batista, o Claudião, explicou que a intervenção da entidade foi no sentido de defender o trabalhador, principalmente diante do cenário atual.

“Nosso objetivo era reverter todas as demissões. Nossos esforços foram nesse sentido. Chegamos ao acordo possível neste momento, preservando ao máximo os empregos e procurando minimizar o impacto das demissões. O Sindicato continua na luta pela preservação da saúde, emprego e renda do trabalhador”, afirma Claudião.

Após o encerramento do plano de demissão indenizada, os trabalhadores que prosseguirem na fábrica terão estabilidade no emprego até 31 de dezembro de 2020. A Autoliv conta atualmente com cerca de mil funcionários e produz sistemas de proteção como cintos de segurança e airbags.

Segundo acordo

Esse é o segundo acordo aprovado na Autoliv com o objetivo de preservar empregos, renda e saúde dos trabalhadores durante o período da pandemia. Em maio a empresa comunicou a intenção de demitir 120 trabalhadores. Na época, o Sindicato conseguiu evitar 90 cortes e 30 foram demitidos.

Sindicato e empresa negociaram, ainda no mês de maio, um acordo para redução de jornada e suspensão de contratos, com estabilidade nos empregos na fábrica até 31 de agosto. Após esse acordo expirar, a Autoliv se posicionou pela redução da mão de obra na planta, já que a retomada do mercado automotivo está sendo feita de forma gradual.

*matéria publicada no site do sindicato