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Trabalhadores da Ford de SP e BA podem se unir em defesa dos empregos

Decisão foi tomada em ato em frente à Câmara Municipal de Taubaté com parte dos funcionários da multinacional. Outra parte permanece em vigília na empresa. Baianos também continuam mobilização

Publicado: 13 Janeiro, 2021 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Divulgação
Paulo Cayres no ato em TaubatéPaulo Cayres no ato em Taubaté
Paulo Cayres no ato em Taubaté

Em ato simbólico em frente à Câmara Municipal de Taubaté (São Paulo), os trabalhadores e as trabalhadoras na Ford aprovaram, nesta quarta-feira (13)  uma agenda de luta para reverter o fechamento da empresa na cidade e manter os empregos diretos de até 5 mil pessoas, na América do Sul - a maior parte no Brasil que serão afetadas com o fechamento da Ford no país.

 Além de cobrar governos e dialogar com parlamentares, trabalhadores da Ford do interior de São Paulo e de Camaçari (Bahia) devem unificar a pressão para que o impacto da decisão da montadora norte-americana não prejudique milhares de famílias e o país.

Chamada pelo Sindicato dos Metalúrgicos, o ato simbólico teve a participação da CUT e centrais sindicais, de diversos representantes de outros sindicatos da região, da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) e de parlamentares estaduais e federais, como os deputados estaduais Barba, Emídio de Souza, ambos do PT e do deputado federal Vicentinho (PT-SP).

No mesmo momento do ato em Taubaté, os trabalhadores e trabalhadoras da Ford em Camaçari, na Bahia, também estavam em protesto no centro administrativo na cidade para pressionar o governo local.

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O presidente da CUT, Sérgio Nobre, também presente ao ato, prometeu articular reuniões com os três governadores dos estados onde a Ford está instalada:  São Paulo, Bahia e Ceará , com as demais centrais e sindicatos envolvidos para fortalecer o plano de luta da classe trabalhadora, segundo o presidente do Sindimetau, Claudio Batista da Silva Júnior, o Claudião.

Outra iniciativa será marcar e organizar uma audiência pública na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), para dialogar com a sociedade e parlamentares.

“Agora vamos ajudar a organizar a audiência, a reunião com as centrais e sindicatos e outra série de atividades online com os trabalhadores. Além disso, a categoria não vai sair da porta da empresa. Ninguém entra e ninguém sai. Precisamos permanecer na luta para garantir empregos”, disse Claudião.

O presidente da CNM/CUT, Paulo Cayres, foi até Taubaté prestar  solidariedade à categoria e disse que também contribuirá na ação em defesa dos empregos, até que se reverta a situação dos trabalhadores,  e da economia.

O dirigente afirmou que uma reunião com governadores e deputados deverá ocorrer ainda nesta quarta (13) .

“Viemos aqui para prestar solidariedade aos trabalhadores e trabalhadoras em Taubaté, que se amplia para a categoria em Camaçari, a este ato absurdo e canalha da Ford. Só é preciso que fique claro que vamos insistir em conversar com os governos porque entendemos que eles são os responsáveis pelos empregos, por uma política industrial que preserve empregos e melhore a economia. A solidariedade também se faz na luta”, disse Paulão.

*matéria publicada no site da CUT