MENU

Trabalhadores protestam contra fim de siderúrgica em Cubatão (SP)

Publicado: 11 Novembro, 2015 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Trabalhadores e sindicalistas fizeram na manhã de hoje (11) uma manifestação contra o fechamento da unidade da Usiminas, em Cubatão, na Baixada Santista (SP). O protesto ocorreu em frente à unidade. Os manifestantes tentaram impedir a entrada dos ônibus com trabalhadores e a Polícia Militar (PM) usou bombas de efeito moral para dispersar o grupo. 

No final de outubro, a direção da Usiminas anunciou que iria desativar temporariamente as áreas primárias do complexo industrial da empresa, em Cubatão. Com isso, 4 mil postos de trabalho diretos e indiretos serão fechados, conforme a Usiminas. O Sindicato dos Metalúrgicos da Baixada Santista estima a demissão de até 8 mil trabalhadores.

Quando anunciou o encerramento da unidade, a Usiminas disse que a decisão estava relacionada à queda no consumo de aço no país.

“A decisão de desativar temporariamente parte da Usina de Cubatão se baseia em contexto de muitos desafios. Em nível mundial, o excesso de capacidade produtiva de aço já é da ordem de 700 milhões de tonelados e os patamares de preço encontram-se depreciados, sem perspectivas de recuperação consistente. Já no plano doméstico, números preliminares do Instituto Aço Brasil indicam queda no consumo aparente de aços planos de 14% neste ano em relação a 2014 e de 22% em relação a 2013, refletindo a atual crise econômica e a perda de participação da indústria de transformação no PIB brasileiro. Com isso, a siderurgia brasileira tem operado com um nível de capacidade instalada da ordem de menos de 70%. Somam-se os elevados custos de produção e a falta de isonomia competitiva frente à concorrência desleal do aço importado, notadamente da China”, disse o comunicado.

Um dos altos-fornos da siderúrgica foi desligado em maio deste ano e o laminador de chapas grossas em setembro. A companhia estima que o processo de suspensão das atividades leve de três a quatro meses para ser concluído. Com isso, a produção primária de aço deve ser concentrada na unidade da empresa em Ipatinga (MG).

(Fonte: Agência Brasil)