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Unidade da categoria é a marca do 6º Congresso dos Metalúrgicos de Taubaté (SP)

Publicado: 29 Maio, 2018 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Divulgação
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O ponto principal do 6º Congresso dos Metalúrgicos de Taubaté foi a votação pela unidade da categoria. Foi com essa afirmação que o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau), Claudio Batista, o Claudião, definiu o evento que terminou neste domingo (27) e reuniu mais de 200 trabalhadores durante quatro dias.

No último dia do evento, os delegados aprovaram as propostas de ações do Sindmetau para os próximos anos. Essas ações definem de que forma a direção do Sindicato fará a defesa dos direitos da categoria.

Além disso, os trabalhadores decidiram pela atualização do estatuto da entidade. As modificações aprovadas serão apresentadas para a categoria em assembleia para que todos tenham conhecimento e confirmem a decisão tomada pelos delegados no congresso.

Os delegados também aprovaram, no último dia do congresso, a Carta de Taubaté e uma moção de apoio e solidariedade a Luiz Inácio Lula da Silva.

A Carta de Taubaté expressa os debates, desafios e compromissos assumidos no Congresso, além de apontar ações que contribuam para um projeto regional de desenvolvimento político, econômico e social. O Sindicato assume assim a postura de ser protagonista nesse processo.

A moção reforçou o apoio à candidatura de Lula ao cargo de presidente do Brasil, lançada nacionalmente nesse domingo (27). Os delegados se manifestaram ainda por meio de cartazes com o rosto de Lula impresso, simbolizando a adesão à campanha “Somos Milhões de Lulas”.

Para Claudião, o encontro unificou todos os Comitês Sindicais de Empresa (CSEs). “A realização do congresso, com a participação efetiva dos trabalhadores, é o início da retomada do sindicato no avanço das questões trabalhistas, saúde e segurança do trabalho, além da transformação da sociedade.”

Na análise de Claudião, o congresso teve um resultado extremamente positivo, “já que houve comprometimento e empenho de todos na realização do evento, que não era organizado há mais de seis anos em Taubaté.”

Além dos metalúrgicos, o presidente do Sindmetau destacou a participação dos palestrantes. “Foi fenomenal. Eles não hesitaram em comparecer, mesmo com a falta de combustível chegaram aqui e transmitiram conhecimento para nossos delegados.”

Claudião frisou que os temas apresentados nas palestras foram fundamentais para que os delegados (escolhidos para representar os trabalhadores) pudessem construir estratégias e propostas para o Sindicato, “e agora temos que realizá-las, buscando os objetivos da classe trabalhadora.”

Abertura
Os presidentes da CNM/CUT, Paulo Cayres, e da FEM/CUT, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, também estiveram na cerimônia de abertura. Para eles, o congresso metalúrgico, neste momento, é a oportunidade democrática dos trabalhadores do setor decidirem suas ações.

“O evento assume uma importância muito grande no sentido da defesa da democracia e de apontar os rumos para readquirir os direitos retirados com essa reforma trabalhista”, afirmou Cayres.

Luizão disse que o congresso é sempre um momento muito importante, pois é quando a direção do sindicato discute com os trabalhadores os rumos do mandato que tem pela frente.

“Neste momento, em especial, estamos falando de um país cheio de incertezas políticas e também vivemos um ambiente, onde existe uma reforma trabalhista, que coloca em risco tudo aquilo que nós conquistamos ao longo do tempo. Então o congresso é o momento único, que deve ser aproveitado”, afirmou Luizão.

Palestras
As palestras abordaram os temas Análise de Conjuntura, Reformas Trabalhista e Previdenciária, Organização no Local de Trabalho, Saúde e Condições de Trabalho, Sindicato e Sociedade/Políticas Públicas e Comunicação com os Trabalhadores, Política Industrial e Desenvolvimento Regional e Industrialização e Desindustrialização.

Os assuntos, considerados essenciais para o conhecimento dos metalúrgicos, tiveram como palestrantes o ministro da Previdência Social nos governos Lula e Dilma, Carlos Gabas; o assessor jurídico do Sindmetau, Isaac do Carmo; o médico Nilton Teixeira, da Assessoria Saúde e Condições de Trabalho do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC; assessora da Secretaria Nacional de Formação da CUT, Maria Frô; e o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio.

Na palestra sobre Reforma da Previdência, Carlos Gabas confirmou que “essa reforma está no meio de um golpe de estado.” Para ele, somente com resistência o povo e o movimento sindical poderão lutar contra a aprovação dessa reforma.

O futuro do trabalho diante do desenvolvimento tecnológico foi outro tema que ampliou o conhecimento dos delegados. O diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, apresentou estudos e projeções de como a indústria 4.0, ou o processo chamado de desindustrialização, acarretará mudanças profundas.

“O emprego industrial e os de serviços serão alterados, por isso, os avanços tecnológicos precisam ser compreendidos”, afirmou. Clemente Ganz, disse ainda que a tecnologia vai substituir e até eliminar a força de trabalho. “Por isso, o sindicato tem que se preparar para o futuro.”

(Fonte: Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté)