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Vacina para todos e todas e manutenção do auxílio emergencial, reivindica para 2021 o presidente da CNM/CUT

"Só com democracia e liberdade poderemos reconquistar os direitos que nos foram roubados e construir uma sociedade com justiça social e oportunidades para todos e todas"

Publicado: 05 Janeiro, 2021 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Divulgação
Paulo Cayres, o PaulãoPaulo Cayres, o Paulão
Paulo Cayres, o Paulão

Fora Bolsonaro, Vacina Já e Manutenção do Auxílio Emergencial foram os temas das hashtags que encerram o artigo sobre as lutas de 2021 escrito pelo presidente da CNM/CUT, Paulo Cayres, e publicado na tarde desta terça-feira (5).

O dirigente cita em seu texto que a pandemia do novo coronavírus foi a marca de 2020 e que com o agravamento da crise econômica e social que o país passará será preciso que a luta de classe continue.

Segundo ele, aproveitando-se da pandemia, clínicas privadas tentam comprar vacinas da Índia para ofertar à quem puder pagar, numa lógica capitalista na sede do lucro às custas do desespero e da dor das pessoas.

Para Paulão, só com democracia e liberdade poderemos reconquistar os direitos que nos foram roubados e construir uma sociedade com justiça social e oportunidades para todos e todas.

“Nossa luta é de classe! Por justiça e liberdade, em defesa das políticas públicas, em defesa do SUS, contra as privatizações, pela soberania, por emprego e salários dignos, pela manutenção do auxílio emergencial, por terra e liberdade e vacina para todos e todas. Em 2021 reforçar a luta de classes é o grande desafio”, diz trecho final do artigo.

Veja o artigo na íntegra

Vacina para todos e todas e manutenção do auxílio emergencial

2020 terminou, a luta de classes não. O ano que não devemos esquecer chegou ao fim, mas deixou um aprendizado gigantesco.

A pandemia do corona vírus foi a marca mais dura de 2020, com seu acumulo de milhões de pessoas infectadas e mortas, governos no mundo inteiro surpreendidos e alguns se revelaram incapazes de proteger suas populações.

A economia mundial sofreu um baque forte, que deve perdurar ao longo de 2021. E ainda estamos vivendo uma nova onda de contaminações com todas as conseqüências que vem junto, entre elas, a dificuldade da retomada da vida normal, a qual estávamos acostumados, e a impossibilidade de retomada da economia, o que certamente vai gerar ainda mais desemprego, exclusão social, miséria e fome.

A esperança de todos é de que a ciência consiga, de maneira rápida e eficaz, medicação e vacina, que detenham a propagação do vírus e protejam a vida dos milhares de pessoas pelo mundo.

2020 também deixa claro que as políticas neoliberal ou ultraneoliberal são um fracasso quando se trata de proteger as pessoas. No mundo inteiro, os países que estão combatendo melhor a pandemia são aqueles em que o estado se dispôs a proteger sua população, mesmo que de maneira mínima. As diferenças daqueles que possuem serviços públicos de saúde universal e gratuitos e para os que não possuem foram enormes.

Os estados foram chamados a socorrer empresas, empregos e colocarem, mesmo que de maneira emergencial, políticas de renda e proteção ao emprego. Os que adotaram essas medidas têm conseguido lidar melhor com a crise sanitária em curso. Os que não o fizeram, ou demoraram a fazer ou fizeram parcialmente, amargam uma realidade devastadora, seja na economia quanto nos números trágicos das vítimas e mortos por Covid-19.

O Brasil já vivia uma crise econômica e política, que começou com o golpe de 2016 contra a presidenta Dilma e que se agravou com o governo Bolsonaro e sua política de ódio e negacionismo.

A ação de Bolsonaro, de negar a crise sanitária e fazer pouco caso da gravidade da situação, fez com que o país amargue hoje números catastróficos de infectados e de cerca de 200 mil mortos, entre eles muitos companheiros e companheiras de luta que estão fazendo falta. Além de uma crise econômica grave com mais de 14 milhões de desempregados.

Para piorar, dezembro foi o último mês do auxílio emergencial, aprovado no congresso nacional por forte luta do movimento sindical e da oposição. O fim desta política deve aumentar ainda mais a exclusão social, a miséria e a fome. 

Para piorar ainda mais, enquanto diversos países no mundo começam a vacinar suas populações, o Brasil de Bolsonaro faz campanha contra a vacina. O seu ministro da saúde, o general Pazzuello, é incapaz de propor um plano nacional para compra de vacinas e de insumos, como seringas e agulhas, para garantir a imunização da população brasileira. Mais do que incompetência, parece um plano deliberado de sabotar a saúde pública e de deixar a população sem assistência. 

Aproveitando-se dessa situação absurda, clínicas privadas tentam comprar vacinas da Índia para ofertar à quem puder pagar, numa lógica capitalista na sede do lucro às custas do desespero e da dor das pessoas. A deliberada incompetência do consórcio militar que governa o pais, capitaneado por Bolsonaro, vai assim criando um mercado da morte do qual escapa quem puder pagar.

Enquanto isso, o ministro da economia desse governo, com sua necropolitica, continua firme no propósito de destruir o pais, propondo políticas ineficazes através das privatizações e da destruição das políticas públicas, como o Sistema Único de Saúde (SUS). Uma política que maximiza a precarização dos direitos dos trabalhadores e coloca o estado a serviço do interesse de poucos.

Os ricos e super ricos aumentaram brutalmente suas fortunas, enquanto a maioria da população mundial padece empobrecimento, exclusão social e a miséria aumenta sem parar.

Só com democracia e liberdade poderemos reconquistar os direitos que nos foram roubados e construir uma sociedade com justiça social e oportunidades para todos e todas. Essa é a nossa luta, recuperar direitos, o Estado Democrático, exercitar a solidariedade e eliminar preconceitos, sejam eles quais forem.

Nossa luta é de classe! Por justiça e liberdade, em defesa das políticas públicas, em defesa do SUS, contra as privatizações, pela soberania, por emprego e salários dignos, pela manutenção do auxílio emergencial, por terra e liberdade e vacina para todos e todas. Em 2021 reforçar a luta de classes esse é o grande desafio.

Um bom ano de luta e sucesso para todos e todas!

#Fora Bolsonaro

#VacinaJá

#ManutençãodoAuxílioEmergencial

 

Paulo Cayres

Presidente da CNM/CUT