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Veja o sobe e desce das marcas de carros em 2015

Publicado: 08 Julho, 2015 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Depois de um início de ano complicado, a indústria automobilística chegou ao fim do primeiro semestre com queda de 19,7% no segmento de veículos leves, que inclui automóveis e alguns utilitários menores. O resultado é muito ruim: desde 2007 não se vendia tão poucos veículos no Brasil nesse mesmo período – naquele ano foram apenas 1 milhão de unidades contra 1,27 milhão de 2015.

O quadro, no entanto, não é uniforme. Houve quem crescesse, seja marca ou segmento do mercado, como mostra o infográfico abaixo.

Crédito: Divulgação
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Japonesas e premium blindadas
A única marca que pode festejar 2015 com sobras é a Jeep. Alçada pela FCA (Fiat Chrysler Automobiles) a condição de marca global, a divisão ganhou um produto nacional, o Renegade, e saiu do 24º lugar no ranking de 2014 para o 11º posto no mês de junho, posição que deve subir ainda este ano. Com isso, ela teve um primeiro semestre 669% melhor que o de 2014.

O caso da Jeep é um exceção, é verdade. Entre as marcas que já estavam estabelecidas no país, as alemãs Mercedes-Benz e Audi foram as que mais cresceram, reflexo da opção por ter uma fábrica nacional. Chama a atenção também o caso da Honda que, mesmo sem sua segunda fábrica pronta, vendeu quase 20% mais que no ano passado.

Pelotão do meio
Se não podem celebrar um começo de ano ótimo como algumas rivais, um grupo de montadoras também não pode reclamar. Mesmo crescendo pouco ou até vendo o volume cair, elas ficaram acima da queda geral no mercado, o que significa, na prática, que aumentaram sua participação no bolo.

É o caso da BMW e Toyota, que cresceram em relação a 2014, e também da Nissan, Ford, Hyundai e Land Rover que, apesar da leve queda, descolaram do desânimo que toma conta do mercado. Já Renault e Mitsubishi estão sintonizadas na média, ou seja, praticamente mantiveram seu espaço de antes.

Fundo do poço
Na ‘turma do fundão’, uma miscelânea de fabricantes, mas com algumas características em comum. As chinesas Chery e JAC e a coreana Kia venderam bem menos por estarem amarradas a certos limites de importação. Já as ‘grandes’ Fiat, Volks e Chevrolet pagaram o preço por atuarem forte no segmento de entrada, o que mais sentiu os efeitos da crise e do crédito difícil.

Nada se compara, no entanto, ao buraco onde estão Peugeot e Citroën. As duas marcas francesas, que fazem parte do grupo PSA, foram as que mais perderam espaço na preferência dos consumidores. Enquanto a Peugeot caiu 43% a Citroën encolheu 46% de 2014 para cá. A empresa diz que a queda foi planejada afinal está mudando o perfil do seu portfólio, agora mais equipado, e dando adeus aos modelos de volume, mas a situação realmente é difícil para elas.

SUVs tiram espaço dos hatches
Entre os segmentos, houve uma variação pequena entre 2014 e 2015. A mais notável foi a subida na participação dos utilitários esportivos, que respondem agora por 10,6% das vendas no geral, crescimento de 1,8% em relação a 2014. Parece pouco, mas é bastante, considerando que cada ponto percentual do mercado brasileiro equivale a mais de 2 mil carros vendidos por mês.

Os sedãs, puxados pelo Toyota e os modelos compactos mais equipados, também ganharam um ponto percentual em relação ao ano passado, chegando 25,5% das vendas gerais. Quem mais perdeu, é claro, foram os hatches, sobretudo os compactos, atingidos pela dificuldade em financiar suas vendas. Eles tinham 45,6% do mercado e agora têm 43,5%, ainda assim muita coisa.

Segundo semestre melhor
Se a tradição for confirmada, o segundo semestre deve apresentar uma leve melhora nas vendas. As marcas de luxo tem tudo para aumentar a participação já que novos modelos com produção local serão lançados. Para as marcas tradicionais, a situação é mais complicada, afinal não há nenhum produto milagroso a caminho, capaz de influenciar as vendas de forma tão clara nos próximos meses.

Nesse cenário, as japonesas devem seguir crescendo principalmente a Honda que passará a ter mais capacidade de produção em 2016 e, assim, dar conta da demanda reprimida, um privilégio que hoje poucos fabricantes têm no Brasil.

(Fonte: Portal iG)