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Curso de combate ao racismo será ministrado para metalúrgicos cutistas de todo país

Publicado: 06 Agosto, 2015 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: CNM/CUT
Integrantes do Coletivo de Igualdade Racial da CNM/CUTIntegrantes do Coletivo de Igualdade Racial da CNM/CUT
Integrantes do Coletivo de Igualdade Racial da CNM/CUT se reuniram pela primeira vez 

O Curso de Formação Sindical “Combate ao Racismo para a Construção da Igualdade Racial”, promovido pela Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT) em 2014, será ministrado em todas as federações e sindicatos de metalúrgicos cutistas de base estadual. Esta foi a principal decisão do Coletivo de Igualdade Racial da CNM/CUT, que fez seu primeiro encontro nos dias 4 e 5 de agosto, em Guararema (SP).

O Coletivo de Igualdade Racial foi formado com a conclusão do segundo e último módulo do curso de Combate ao Racismo (leia aqui) e tem o objetivo de aprofundar o debate e elaborar propostas para superação do racismo no mundo do trabalho e na sociedade.

Segundo a secretária de Igualdade Racial da Confederação, Christiane dos Santos, esta primeira ação é para sensibilizar as federações e sindicatos sobre o problema do racismo no país. “Infelizmente, as demais instâncias sindicais não discutem a questão racial com os trabalhadores. Mas, a partir de agora, esta luta vai fazer parte da nossa pauta com mais força. O principal trabalho dos integrantes é levar este debate dentro de suas entidades”, contou.

Crédito: CNM/CUT
Christiane dos SantosChristiane dos Santos
Christiane 

De acordo com a secretária, ainda no segundo semestre deste ano o curso será realizado na Federação dos Metalúrgicos da CUT/SP e no sindicato do Espírito Santo. “Para desconstruir o preconceito primeiro é preciso fazer um trabalho de formação. Depois, queremos que sejam criados coletivos regionais. O curso nestes estados é só o início da jornada para disseminar a política de igualdade racial da Confederação. O curso terá três dias e também será em dois módulos”, disse.

Christiane também destacou o encontro inédito feito com os Coletivos de Mulheres e Juventude da CNM/CUT. “O debate da redução da maioridade penal com o Douglas Belchior mostrou como o tema faz parte do cotidiano do negro, da mulher e dos jovens. No primeiro dia parecia que éramos apenas um único coletivo. Esta união só fortalece o trabalho um do outro”, afirmou.

A metalúrgica Tânia Maria da Costa, representante da Federação dos Metalúrgicos da CUT/MG, também concorda. Para ela, a nova metodologia foi importante para discutir as dificuldades comuns. “Foi uma maneira de debater juntos um tema que interfere no rumo de toda sociedade. Os coletivos também são instrumentos de transformações sociais e na categoria”, avaliou. 

(Fonte: Shayane Servilha - Assessoria de Imprensa da CNM/CUT)