CNM/CUT conduzirá segunda etapa de projeto de formação para metalúrgicas de Moçambique
Atividade começa em 2016 e vai dar continuidade a curso encerrado em 2013. Objetivo é promover a formação sindical e política das trabalhadoras naquele país africano.
Publicado: 28 Outubro, 2015 - 00h00
Escrito por: CNM CUT
Crédito: Divulgação |
Representantes das entidades que conduzem o projeto de formação em Moçambique |
Representantes das entidades que conduzem o projeto de formação em Moçambique |
O projeto de Cooperação Internacional de Formação de Mulheres Metalúrgicas em Moçambique terá sua segunda etapa a partir de de 2016.
O curso é desenvolvido em parceria entre a Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), a IndustriALL Global Union (a federação internacional que representa os metalúrgicos, químicos e têxteis), o Unifor (sindicato canadense dos metalúrgicos e trabalhadores de vários setores) e pelo Sintime (Sindicato Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgica, Metalmecânica e Energia de Moçambique). A primeira etapa do curso aconteceu entre 2012 e 2013 e seu sucesso assegurou a continuidade.
O objetivo do projeto é aproximar as trabalhadoras brasileiras e moçambicanas, compartilhar experiências e discutir o papel da mulher no movimento sindical, além de contribuir para a formação e organização delas no local de trabalho.
Para organizar e programar a segunda etapa, a secretária de Formação da CNM/CUT, Michelle Marques, esteve em Maputo, capital de Moçambique, entre os últimos dias 19 e 23, junto com os representantes de cada entidade parceira. “A ideia agora é discutir mais a realidade local das trabalhadoras metalúrgicas. Nesta segunda etapa, o curso terá a duração de dois anos e estão programados três encontros por ano em Moçambique. Desta vez, serão escolhidas 25 mulheres que precisam assumir o compromisso de fazer o curso todo. Por isso, o Sintema também terá que dar o suporte para que elas participem de todos os módulos”, informou.
Para a secretária, além do projeto ser a principal formação das mulheres metalúrgicas de Moçambique, ele também reforça a solidariedade entre as entidades e os trabalhadores. “É uma forma de retribuir a solidariedade que um dia tivemos de outros países. Moçambique é um país que está desenvolvendo as relações de trabalho e organização dos trabalhadores e precisa do nosso apoio”, disse. “Mas sempre vamos respeitar a cultura do país africano, porque não podemos reproduzir o discurso imperialista de impor nossa realidade”, completou.
Na avaliação de Michelle, as mulheres tiveram importantes avanços individuais desde a finalização da primeira etapa, mas agora a ideia é formar um grupo multiplicador de formação. “Elas conseguiram o empoderamento individual, porém o conceito deste projeto é ter um grupo autônomo de mulheres que depois possa repassar para outras esta formação sindical e social que estamos ensinando. As ações delas precisam ser tomadas no coletivo para fortalecer a luta das mulheres trabalhadoras”, afirmou.
Na primeira etapa do curso, foram realizados cinco encontros em Moçambique, com a coordenação de dirigentes da CNM/CUT. Durante os módulos, foram abordados temas como as mulheres e o movimento sindical, a participação política das mulheres, gênero e direitos humanos e negociação coletiva.
Confira mais informações sobre a primeira etapa do projeto nos links abaixo:
• Em Moçambique, CNM cumpre etapa de programa de formação sindical de metalúrgicas
• Projeto de formação sindical de metalúrgicas em Moçambique tem última etapa nesta semana
• CNM/CUT quer continuar projeto de formação de metalúrgicas de Moçambique
• Consciência Negra: marcha em SP teve presença de metalúrgicas de Moçambique
• Novos projetos devem fortalecer parceria entre metalúrgicos da CUT e de Moçambique
(Fonte: Shayane Servilha - Assessoria de Imprensa da CNM/CUT)